Papa Francisco ressuscitou em mim a fé que existe e a esperança na igreja. Fez a passagem na Páscoa. No mundo carente de luz e polarizado, com grandes desigualdades sócias, ele trouxe verdades que incomodam, como o próprio Jesus e fortaleceu a igreja da libertação e dos oprimidos. Mexeu com os grandes e poderosos, auxiliou no empoderamento das mulheres e excluídos, deu voz aos aflitos, fez grandes obras de caridade, deixou um legado de amor e "ressuscitou força e fé nos mais vulneráveis".
Mostrou quem era quem na igreja católica, clareou os caminhos, pois tem gente boa e bonita e gente ruim em todas religiões, aliás assim como dentro de nós. Esta pulsão do bem e mal, existe essa dualidade e desafios em busca de verdade, beleza e bondade.
É preciso enxergar a sombra em nós para encontrar a luz. Ele sacudiu a civilização ocidental com suas palavras e exemplos. Durante muitos anos me sentia muito incomodada com a hipocrisia de muitos cleros e fiéis que passam horas de joelho mas têm dificuldade de compreender e acolher os diferentes. Ele fez uma revolução silenciosa. Nos lembrou que a essência do evangelho é AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
Nos ensinou com a força de quem pratica o que fala. Sua coerência existencial fortaleceu em mim o desejo de ser um Ser Humano melhor, um instrumento de paz no mundo e para cada uma das pessoas. Ele me lembra Francisco de Assis, amigo das pessoas e dos bichos, amante da natureza humana e universal.
Sua paz, apesar do caos ao seu redor dentro e fora da própria igreja, me fez querer como ele cada dia mais transpor a cultura do ódio pela prática da cultura de paz.
Meu querido amigo, assim eu sinto você no meu coração. Você viveu a sua missão e tocou meu coração. Que seu exemplo possa chegar na consciência e coração de todos os cristãos. Que o senhor siga na luz de Jesus e que agora, na Glória de Deus, você encontre o repouso dos justos e mansos de coração.