Trechos de um relato mais amplo, escritos por uma sombra nos corredores de Brasília:
“Vi tudo desde o início: um governo eleito por ‘milímetros’ e empossado por favores da corte mais alta, que libertou um condenado e redirecionou a máquina eleitoral do ‘país do faz de conta’, garantindo a vitória pífia de seu escolhido. O presidente derrotado foi tratado como piñata jurídica, mas seu povo permaneceu diante dos quartéis, impotente ante tantos desvios.
Então, certo José, leve e solto, astuto como raposa, sugeriu: ‘E se simulássemos um golpe durante uma manifestação para eliminar de vez esse grupo? Bastaria infiltrar alguns dos nossos no meio de uma manifestação deles para vandalizar edifícios dos Três Poderes, e transformar o protesto em espetáculo dantesco. Antigos ditadores esmagaram opositores assim. Funciona.’
Com o beneplácito supremo, encenou-se o roteiro em 8 de janeiro. Forjou-se o pretexto para esmagar conservadores em nome do ‘Estado democrático’. Prisões em massa vieram céleres, processos sumários condenaram sem pudor, tudo sob aplausos da mídia e de torcidas organizadas. Sumiram imagens comprometedores do Ministério da Justiça. A manipulação da PF e o “inquérito das fake news” serviram como varinha mágica para fabricar provas e impor penas cruéis aos direitistas — até mortes em celas, apesar dos pedidos do Ministério Público. No Congresso, resistir era arriscado; as ameaças calavam opositores. Democracia? Só nas manchetes pagas. Atrás da cortina, todos fomos atores do trágico espetáculo sob as luzes geladas do Supremo circo.”
Esta é uma narrativa ficcional — um enredo que, embora imaginário, poderia muito bem ter algum respaldo na realidade.
Diante da possibilidade de algo assim, pergunto: será que brasileiros estariam imunes ou poderiam cair no mesmo erro dos alemães cultos, que, tragados por pretextos fabricados, apoiaram os abusos que começaram na perseguição a opositores políticos e culminaram no Holocausto?
Seja sincero: para você, a conduta dos ministros do STF que julgam os acusados de tramar um falso golpe está realmente de acordo com a Constituição? Seguem o devido processo legal? Apostaria sua vida nessa convicção? Caso não, o que deveria fazer como cidadão?