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"O Ceará é minha vida": herói em dois títulos, Richard se declara e projeta futuro
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"O Ceará é minha vida": herói em dois títulos, Richard se declara e projeta futuro

Tímido e pacato, o goleiro de 33 anos abriu o jogo, falou sobre os momentos difíceis na carreira, comentou sobre a família e fez projeção esperançosa para o futuro dele e do Alvinegro de Porangabuçu
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FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 09-07-2024: Richard goleiro do Ceará para páginas Azuis no Campo do Porangabuçu. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo) (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 09-07-2024: Richard goleiro do Ceará para páginas Azuis no Campo do Porangabuçu. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo)

Nascido em São Paulo, no dia 1º de março de 1991, Richard de Oliveira da Costa passou por inúmeros clubes. O começo foi no São Paulo Futebol Clube, uma das principais escolas de goleiro no País, responsável por formar Zetti e Rogério Ceni, por exemplo. Depois de rodar por clubes como Paulista de Jundiaí, Rio Claro e Água Santa, veio a primeira grande oportunidade na carreira profissional, no Paraná.

No Sul foram três temporadas. Ganhou o carinho da torcida, indo com o Tricolor da Vila até a Série A do Campeonato Brasileiro de 2018. E justamente naquele ano, um jogo mudaria tudo. E Richard nem imaginava: no dia 22 de novembro daquela temporada, o Paraná enfrentou o Ceará na Arena Castelão em situação desesperadora: ambos lutando contra o rebaixamento. O Gigante da Boa Vista estava lotado, e o Alvinegro venceu por 1 a 0, gol de Juninho.

No final do ano, Éverson, então arqueiro do Alvinegro, sai para o Santos. Eis que entra o destino. Com a vaga aberta, Richard é contratado. Cinco anos depois, o que nenhum torcedor e, talvez, nem o próprio atleta imaginavam era a história que começava. Já se passaram 137 jogos e três títulos conquistados (dois da Copa do Nordeste e um do Campeonato Cearense), dos quais em dois acabou sendo peça fundamental.

O primeiro em que brilhou foi o Nordestão de 2023. Em uma final eletrizante contra o Sport, no Recife, o Leão levou o confronto para as penalidades. Os alvinegros presentes na Ilha do Retiro viram o tricampeonato chegar pelas mãos do camisa 1.

Na atual temporada, a história não foi diferente. Eram cinco anos sem conquistar o título cearense. Do outro lado, o rival Fortaleza sedento por um hexacampeonato, inédito no futebol cearense. No tempo normal, em um Castelão lotado, 1 a 1. O duelo ganhou contorno dramático. Mas Richard estava lá, e a taça estadual voltou para Porangabuçu. Os sonhos de mais conquistas ainda pairam sobre os seus pensamentos.

Herói em duas conquistas alvinegras, Richard, em conversa exclusiva com O POVO, mostrou sua versão fora dos gramados. Tímido e pacato, como o próprio se definiu, abriu o jogo sobre a vida pessoal de jogador. Declarou-se ao Ceará, falou sobre os momentos difíceis na carreira e também dentro do clube, comentou sobre a família e fez projeção esperançosa para o futuro dele e do Vovô.

O POVO - Você lembra quando o futebol entrou na sua vida? E em qual momento percebeu que poderia vir a ser mais que uma brincadeira de criança?

Richard - O futebol mexe com a vida das pessoas. Isso é notório. De forma particular, o meu pai jogava nos campo de várzea, então desde novo eu já o acompanhava. Eu ficava naquele ambiente de futebol, de poder jogar nos intervalos... É até difícil falar, mas eu nunca me vi fazendo outra coisa. Eu tive uma conversa com a minha mãe, e ela perguntou o que eu seria se não goleiro. Eu não sei (risos). Futebol é a única coisa que eu tinha em mente desde pequeno. E está dando certo, né?

OP - Você sempre quis ou pensou em ser goleiro?

Richard - Não (risos). Eu jogava na linha, chutava muito bem, quando criança, né? Eu comecei na escolinha do São Paulo, com oito anos, e logo tive a oportunidade de fazer teste no (futebol de) salão. E chegando lá, tinham muitos garotos. Separaram os goleiros e os jogadores de linha. Tinham uns 80 de linhas. Passaram 10 ou 12. Goleiros tinham 10, 12. Na hora, eu falei: “Eu jogo no gol também”. Fui fazer o teste e lembro que fiz alguns gols, ele me tirou de lado, e começou minha trajetória no São Paulo. O resto é história.

OP - A sua formação no futebol ocorreu no futebol paulista. Este fato moldou, de alguma maneira, o estilo de goleiro que você se tornou?

Richard - Sem dúvidas. Tive a educação dos meus pais, valores enraizados. Mas como caráter, homem, experiência de vida, o São Paulo foi extremamente importante. Eu saí muito cedo de casa, passei muito tempo nas concentrações, alojamentos. Ali eu pude firmar os valores que eu já tinha em casa. Pelo jeito que o São Paulo trata as situações. É um clube muito sério.

OP - Falando em formação, você fez base no São Paulo, uma das principais do País quando se trata da posição... Isso ajudou?

Richard - Na minha época tinha o Rogério (Ceni)…

OP - Era sua inspiração?

Richard - Sem dúvidas. A referência. O Rogério Ceni é o maior jogador da história do São Paulo. Até mesmo goleiro, né? E, assim, tiveram grandes goleiros que não tiveram oportunidade no São Paulo à época, pela longevidade dele. Saíram eu, Éverson, Léo... Eram nomes que as pessoas esperavam bastante dentro do São Paulo, e acabou dando certo. Não no São Paulo, porque não tinha espaço. Mas tenho certeza que qualquer um de nós teria se firmado.

OP - Desde a Copinha conquistada com o São Paulo até o momento atual, no Ceará, você se destaca em cobranças de pênalti. Ser eficiente neste sentido sempre foi um foco seu?

Richard - Pênalti é momento. Na base tinha uma geração muito boa, isso ajudou. Mas nós vencemos algumas disputas na base, e eu costumava pegar. No Paraná também tinha um aproveitamento muito bom. Mas quando cheguei aqui (no Ceará), eu lembro que eu defendi alguns, mas não com a frequência de antes. E, também, quando defendia, acabamos não saindo com a classificação ou o título. Mas, nos últimos anos, as coisas mudaram. Pude defender os pênaltis, e meus companheiros confirmaram. Isso fica mais visto como pegador de pênalti.

OP - Um dos jogadores daquela equipe do São Paulo foi o Lucas Moura. Mas teve algum que você imaginou que ia ter muito sucesso e acabou, por alguma razão, encerrando a carreira de forma prematura?

Richard - Futebol prega essas peças, mas a minha geração é muito boa: Oscar, Wellington, Bruno Uvini, Casemiro, o próprio Lucas. Foram jogadores que conseguiram espaço no cenário. Porém, tinha um atacante, chamado Ronieli, fez até gol na final da Copa São Paulo. Eram um cara acima da média. Com 16 anos ele estreou na Libertadores pelo São Paulo. Internamente, chamavam ele de “Imperadorzinho” (em referência ao atacante Adriano Imperador). Mas futebol não é uma ciência. Passaram os anos, e ele não conseguiu ter o mesmo rendimento.

OP - Como foi a transição entre as categorias de base e o profissional?

Richard - Nada é fácil na vida. As pessoas olham de fora e acham que as coisas são mil maravilhas, principalmente nós, jogadores. Acham que temos uma vida boa porque fazemos o que gostamos e recebemos para isso. Mas tem o outro lado, de estar buscando coisas maiores. Eu não tinha muita dúvida do que eu seria. Eu sabia que eu seria um grande goleiro, que iria jogar em um grande clube. Era algo que eu tinha dentro de mim. Acho que Deus colocou isso no meu coração. Mas passei muitas coisas, porém nenhuma delas a ponto de me fazer desistir.

OP - Você chegou ao Ceará em 2019 e, em 2020, o clube foi campeão de maneira invicta da Copa do Nordeste. Considera que aquela conquista motivou a permanecer no clube?

Richard - Foi um momento difícil. Eu lembro que eu estava voltando de lesão no começo de 2021, não estava muito bem. Eu tive uma proposta muito boa. Eu estava até à vontade, já tinha passado alguns momentos dentro do clube que colocaram em dúvida minha continuidade. Mas o Robinson (de Castro, então presidente) me chamou em particular e falou que confiava muito em mim, e acabou não liberando. Foi até bom. Tive mais tempo de me recuperar, para ter uma sequência boa. E no meio de 2021 voltei a jogar. Foi um ano bom pós-lesão.

OP - Em 2021, você passou a ganhar mais espaço no time, enquanto o clube voltava a participar de competição internacional…

Richard - Foi um dos maiores momentos do clube, onde atingimos esse nível de enfrentar grandes clubes, em uma competição extremamente difícil, que é a Sul-Americana.

OP - Apesar da participação na Sul-Americana, o Ceará viveu um 2021 aquém do esperado, com os vices do Estadual e da Copa do Nordeste. O que você avalia que ocorreu para que aquele time acabasse oscilando?

Richard - A troca de treinador é complicada. A metodologia é diferente. Leva um pouco de tempo. Mas acredito que o desgaste também influenciou. Tivemos competição internacional, chegamos nas finais do campeonato. Já é um desgaste físico e mental muito grande. Não conseguimos o objetivo do clube de chegar à Libertadores. Mas creio que logo conseguiremos.

OP - Após ter um bom número de jogos em 2021, você teve que lidar com lesões e pouco atuou em 2022. Como se sentiu?

Richard - O ano de 2022 foi bem difícil. Não atingimos nenhum objetivo no ano, fazer o que o nosso torcedor espera: conquistar títulos, vencer jogos e convencer. Eu lembro que as trocas de treinadores influenciaram. O Dorival (Júnior, técnico) teve que sair, atrapalhou muito, já estávamos adaptados ao treinador. Aí veio outro que não deu sequência no trabalho. Enfim, um ano difícil que acabou com o nosso rebaixamento, infelizmente.

OP - Dentro de toda essa trajetória, ocorreram momentos de dificuldade, até pelos últimos anos. Como foi o suporte que você recebeu da família, dos amigos para além do clube? E em algum momento já pensou em deixar o Ceará?

Richard - Deus nos capacitou de tal forma que conseguimos suportar coisas que nem imaginamos ser capazes. Eu tive uma sequência de lesões inacreditáveis. Sempre que eu ia voltar, não conseguia e sentia alguma coisa séria. Não era algo pequeno. Nesse momento, os filhos, a esposa são o que sustentam, nos dão força. O jogador pode passar por várias situações, mas quando ele está machucado, pode fazer nada. Infelizmente, no segundo semestre não consegui estar à disposição e me frustrei muito. No final do ano tive algumas conversas com minha esposa, sentimos que esse ano será diferente.

OP - Em 2023, veio um título e você se destacou. Como foi ser um dos principais personagens daquela Copa do Nordeste?

Richard - Ser campeão com o Ceará é único. O ano foi muito difícil depois do rebaixamento. O elenco era muito diferente, os jogadores não conheciam o que era o clube. E nós não tínhamos esse tempo. Eu conheço porque o Ceará é a minha vida. Eu vivo aqui a maior parte do tempo. E as conquistas fazem com que os jogadores sintam a grandeza do clube, tamanho da nossa torcida.

Quanto mais cedo o jogador assimilar isso, para poder pôr aquilo que sabe, para retribuir dentro de campo todo o apoio e a energia que vem das arquibancadas. Eu fico muito feliz de poder ter ajudado a conquistar a Copa do Nordeste. Vínhamos de uma sequência sem título. Fiquei feliz de fazer parte e passar por mim. Não foi fácil (risos). Foi um jogo muito difícil.

OP - Apesar do título do Nordestão, o ano de 2023 foi novamente complicado para o Ceará, que não conseguiu o acesso. O que acha que foi o maior motivo para o time não ter conseguido evoluir na Série B?

Richard - É difícil falar o que faltou. Podemos falar sobre a troca de treinador, mas se tivesse mudado e dado certo? Então não é fácil pontuar. O que podemos é minimizar os erros. Não sei falar o que poderíamos ter feito diferente para dar certo. Eu espero que esse ano possamos acertar tanto dentro quanto fora de campo, que o Ceará possa estar junto, se unir. É um clube com um só ideal.

OP - O ano de 2024 começou com uma boa perspectiva para a torcida, que voltou a comemorar um título estadual após cinco anos. Houve algum momento em que essa "seca" pesava?

Richard - Nos outros anos, nem jogamos com o time principal na competição (Campeonato Cearense). Tínhamos muitos jogos, pandemia, competição internacional... Mas, claro, incomoda. O jogador quer vencer, e o clube precisa dessas conquistas. Voltar a ganhar o Estadual foi especial, pois no título da Copa do Nordeste foi longe da torcida e ser campeão com o nosso torcedor foi algo incrível. Quando vejo os vídeos, eu me arrepio, me emociono. Como falei: algo único. Espero que possa vir mais.

OP - E mais um título nos pênaltis...

Richard - É para isso que trabalho todos os dias. Dar alegria e felicidade aos torcedores. Eu falo para alguns jogadores que eu não consigo nem explicar. É algo do torcedor. A torcida do Ceará é muito exigente. E eu fico muito feliz de retribuir esse carinho. Esse é meu pensamento quando entro em campo. Já vou ser repetitivo, chato (risos), mas é algo único (ser campeão com o Ceará).

OP - O Ceará é grande parte da sua rotina há uns bons anos. Como é sua relação com o preparador de goleiros? Há uma amizade para além dos gramados?

Richard - Eu sou um pouco reservado. Mas tem pessoas aqui dentro que viraram amigos. Pessoal da comunicação, Everaldo (Santana, preparador de goleiros), os roupeiros, as "tias" da limpeza, médicos… São pessoas que tenho certeza que posso contar com eles, e eles podem contar comigo. Aqui é uma grande família. A minha felicidade é a deles.

OP - Você já pode dizer que viveu grande parte da carreira no Ceará. Até aqui, qual foi o momento mais marcante?

Richard - Eu tive uma experiência peculiar contra o Ceará, pelo Paraná. Que loucura. Tinham 59 mil pessoas, eu não conseguia nem respirar direito no Castelão. Eu perguntei para o árbitro quanto tempo faltava, já estava cansado... E goleiro, hein? (risos). Ele disse 23 minutos, eu respondi: “Ainda?”. Um pouco depois, ainda tomamos um gol de pênalti. Eu conhecia o Éverson e falei:“Que loucura é essa aqui”?. Eu já tinha jogado em grandes estádios, mas, nesse dia, essa energia, não. E a outra foi a final do Campeonato Cearense (de 2024). O torcedor estava engasgado. Então esses dois momentos.

OP - Essa partida pelo Paraná influenciou na sua chegada ao Ceará?

Richard - As coisas com o Ceará foram muito rápidas. Eu estava em negociação com algumas equipes e bem adiantadas, já. O pessoal do Paraná estava dificultando minha saída. Então eu lembro que, no Natal, eu acordei com uma ligação do meu empresário: “Recebi o contato do Ceará, e o presidente quer falar com você”. Eu falei: “Ceará? Do nada? Mas e tal clube?”.

O Robinson me ligou, daquele jeito sério e falou: “Richard, você quer jogar no Ceará?”. Eu falei: “Quero, presidente, mas não depende só de mim”. Ele disse: “Minha pergunta é se você quer jogar, o resto deixa comigo”. Ele cobriu a proposta, negociou com o Paraná, e as coisas aconteceram. Coincidentemente, eu tinha passado férias aqui, mas voltei para São Paulo.

OP - O Ceará tem um histórico positivo com goleiros. Quando sua passagem se encerrar, como você se enxerga na história do clube?

Richard - Não consigo me ver como ídolo. Me vejo como um cara apaixonado por estar aqui. Por viver o Ceará, por gostar de fazer isso todos os dias. Todos os jogos para mim são únicos. Para mim, eu vejo alguns jogadores com referência. Hoje, aqui, o maior é o Luiz Otávio, por tudo que ele viveu e fez pelo clube. Poucas pessoas sabem. Um cara de valores inegociáveis. Um cara que teve propostas maravilhosas, algo que poucos recusariam, e ele escolheu estar aqui, viver o clube.

O próprio Ricardinho, quando eu cheguei, ele ainda jogava, mas o momento não era bom, e eu perguntava a ele: “Como você consegue, maestro?”. Ele respondia: “Calma, meu velho, paciência. As coisas são assim mesmo. Tudo vai mudar, você vai escrever sua história”. O Adilson (ex-goleiro) não conheço, mas é um cara de uma grande história. Tem o trio de ferro (Heleno, João Marcos e Michel). São jogadores que são referência. Eu tenho muita vontade de conhecer o Mota (ex-atacante), que é um cara extremamente identificado. Eu estou construindo minha história, mas não consigo me ver no patamar deles.

OP - Você quer deixar herança no Ceará? Não de ser insubstituível, mas de, a partir do momento da sua saída, ser inspiração para todo profissional que vier?

Richard - Eu quero deixar meu nome marcado no Ceará. Só fazemos isso conquistando títulos. Eu conversei com o Rogério Ceni um tempo atrás e ele disse que o futebol está muito intenso, por conta das redes sociais, que acabam aflorando as emoções. Dificulta a permanência de ídolos, como Cássio no Corinthians, Fábio no Cruzeiro. Antigamente, a torcida ia ao estádio, vaiava, mas no outro jogo ia bem e passava. Hoje as pessoas ficam relembrando isso e acaba marcando mais a parte negativa que os feitos positivos.

OP - Você mora aqui há cinco anos. Sua família está habituada à cidade?

Richard - Meus filhos nasceram aqui, são cearenses os dois. Minha esposa gosta muito da cidade. Nós temos pessoas fora do futebol que viraram amigos. Eu tenho parente aqui...

OP - Em qual cidade?

Richard - Pacajus. Então eu venho para cá há algum tempo. Quando eu tinha 10 anos, sempre passava férias aqui. Eu acredito que Deus tem um propósito para todas as coisas, então fez com que eu viesse passar esse tempo com os meus avós. Nós estamos felizes, em um clube gigante. Meu filho canta as músicas das arquibancadas (risos). Enfim, é muito bom ser Ceará, jogar aqui.

OP - O que o Richard gosta de fazer no tempo livre?

Richard - Eu fico com a minha família. Tem alguns jogadores que falam que sou antissocial (risos). Mas temos pouco tempo, então gosto de aproveita-los. Conseguimos ir à praia, fazer coisas do tipo. 

OP - O que Richard tem assistido no momento? E qual série ou livro indica?

Richard - Eu não assisto muito TV. Eu gosto de ler, conversa com minha esposa, amigos. Gosto de ter um papo que valorize as ideias, tenha valor. Gosto de ouvir louvor quando estou no carro. Escuto também podcasts. Série muito pouco, mas acabo demorando um ano para terminar (risos). Sou bem pacato.

 

Vai renovar?

Desde 2019 no Ceará, o contrato de Richard se encerra ao final desta temporada. Neste ano, após o título do Campeonato Cearense, chegou a receber sondagem do Cruzeiro, mas permaneceu no Vovô

Momento pai

O bate-papo com o camisa 1 ocorreu no vestiário do Estádio Carlos de Alencar Pinto, sede do Ceará. A conversa atrasou por volta de 30 minutos, porque Richard tinha que deixar os filhos na escola

Horário marcado

A boa conversa se estendeu. Quando a equipe do O POVO se dirigia ao gramado, às 15h30min, Richard perguntou o horário. "Desesperou-se", pois tinha avaliação no departamento médico. "Vou levar uma bronca do doutor" e correu

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