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Eleições 2024: Rompidos no Ceará, PT e PDT devem unir forças no Crato
Politica

Eleições 2024: Rompidos no Ceará, PT e PDT devem unir forças no Crato

Deputado federal André Figueiredo, presidente nacional em exercício do PDT, sinalizou intenção de compor chapa com petistas e projetou que cenário pode se repetir em mais cidades
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Camilo Santana e José Guimarães reunidos com Zé Ailton Brasil, prefeito do Crato, Fernando Santana, deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Juazeiro do Norte, e Pedro Lobo, pré-candidato a prefeito do Crato  (Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Reprodução/Instagram Camilo Santana e José Guimarães reunidos com Zé Ailton Brasil, prefeito do Crato, Fernando Santana, deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Juazeiro do Norte, e Pedro Lobo, pré-candidato a prefeito do Crato

O deputado federal cearense André Figueiredo, presidente nacional em exercício do PDT, sinalizou que seu partido deve marchar lado a lado com o PT na disputa eleitoral no Crato, na região do Cariri, onde o prefeito José Ailton Brasil (PT) encerra em 2024 oito anos de gestão. O PDT pleiteia indicação a vice, atualmente ocupada por André Barreto, na chapa que será encabeçada por um petista.

“Nós temos o nome do Dr. Dudé Moraes (PDT) como nosso pré-candidato a vice-prefeito. A ideia é que assim como foi feito nos mandatos do prefeito Zé Ailton, com André Barreto como vice, esperamos que essa vice possa permanecer no PDT”, disse Figueiredo ao ser perguntado pela Rádio O POVO CBN Cariri, em evento no último fim de semana na região, sobre a eventual união com petistas no Ceará.

O dirigente trabalhista projetou ainda que o cenário pode se repetir em outras cidades cearenses, como Itapipoca. “Teremos outros municípios também, mas aqui no Cariri o mais significativo é o Crato. Mas teremos outros municípios onde estaremos lado a lado com o PT, Itapipoca por exemplo. E outros municípios em que o PT estará conosco”, pontuou.

Para Figueiredo, a unidade em determinados municípios é natural, dado o contexto da política local e mesmo nacional, onde o PDT compõe a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso. “Temos divergências pontuais, mas nós mesmos estamos fazendo parte da base de apoio ao presidente Lula. Temos uma relação extremamente harmoniosa com o PT a nível nacional”, disse.

André reforçou que as divergências de maior impacto entre petistas e pedetistas ocorrem apenas no âmbito estadual. “Temos diferenças muito grandes aqui no Estado do Ceará. Não com o governador Elmano, com Elmano eu tenho excelente relação, mas com o ministro Camilo (Santana) já não posso dizer o mesmo”.

O PT ainda definirá o representante da candidatura no Crato. No fim do ano passado, um pequeno entrave ocorreu após o diretório municipal indicar o vereador Pedro Lobo como pré-candidato. À época, a direção estadual derrubou a indicação e defendeu mais tempo de diálogo.

Outro nome que foi colocado na disputa é o do chefe de gabinete da prefeitura de Crato, Rondinele Brasil. Embora o impasse seja considerado superado por membros da cúpula petista, ainda não há um escolhido. Apenas foi definido que o prefeito Zé Ailton Brasil anunciará o representante.

Racha estadual foi em 2022

Petistas e pedetistas romperam estadualmente na esteira das eleições para o governo do Ceará em 2022. O PT estava no governo com Camilo Santana (PT) e sua vice era Izolda Cela, à época no PDT. Izolda assumiu em abril de 2022 após Camilo se desincompatibilizar para concorrer ao Senado. A cúpula petista e alas do PDT defendiam que Izolda deveria ser a candidata à reeleição.

No entanto, o PDT realizou processo interno de escolha e decidiu, em votação interna, lançar o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio como candidato ao governo. RC tinha apoio do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Houve racha entre PT e PDT após a decisão e posteriormente crise interna no PDT que culminou na saída de dezenas de prefeitos e lideranças.

Após o racha, Camilo lançou o então deputado estadual Elmano de Freitas (PT) como o nome do partido para a disputa ao governo, selando o fim da ligação estadual entre as siglas.

Colaborou: Denilson Rodrigues, especial para O POVO

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