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Lula veste gibão, diz que foi "enrolado" por diretor e reclama de beijo em Janja
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Lula veste gibão, diz que foi "enrolado" por diretor e reclama de beijo em Janja

| IGUATU | Em tom de descontração, presidente fez cobrança a empresa e também falou de Eduardo Campos, "que não está aqui porque já morreu"
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LULA veste gibão feito pelo mestre Espedito Seleiro, presenteado pelo governador Elmano de Freitas (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES LULA veste gibão feito pelo mestre Espedito Seleiro, presenteado pelo governador Elmano de Freitas

Em tom de improviso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizou momentos pitorescos durante a visita às obras da ferrovia Transnordestina, em Iguatu, no Ceará. Ele usou o tom descontraído para fazer cobrança ao diretor responsável pela ferrovia, Tufi Daher — presente ao evento. Ao lembrar o histórico da obra, mencionou o ex-presidenciável Eduardo Campos e fez imitação do ex-governador pernambucano Miguel Arraes. Ainda reclamou do beijo que o trabalhador Luiz Paulo de Silva deu na primeira-dama, Janja da Silva.

Logo no início do discurso, ele citou visita à Transnordestina na companhia dos então governadores Cid Gomes (Ceará), Wellington Dias (Piauí) e Eduardo Campos (Pernambuco). "Companheiro Cid, companheiro Wellington e companheiro Eduardo Campos, que não está aqui porque já morreu", ele disse.

Lula prosseguiu, falando da dificuldade que foi o prosseguimento da ferrovia. O presidente citou, então, um pedido feito em 1989 pelo então governador de Pernambuco, Miguel Arraes, imitando a voz do velho socialista.

"Quando saí do Crato na campanha de 1989, eu dei uma carona de avião pro Arraes e ele pediu pra mim: 'Lula, se você ganhar as eleições, faça a Transnordestina'. Eu também tinha e tenho a obsessão de fazer essa ferrovia", narrou.

A demora na obra foi frisada diversas vezes. Lula reclamou que, em toda reunião, um problema novo era apresentado e, assim, a obra seguiu até hoje sem sair. Ele citou a questão ambiental, falta de licença, supressão vegetal, falta de dinheiro e desapropriação. Por fim, resumiu dizendo que a ferrovia foi "um inferno" para fazer funcionar.

Uma das pessoas que teriam enrolado Lula seria o diretor da empresa, Tufi Daher. Ele foi chamado à frente por Lula, que disse, apontando para Daher, ter sido "muito enrolado por ele". Ao que o diretor reagiu: "Eu?", no que Lula respondeu: "Sim, você, sim. Me enrolou muito". E acrescentou para a plateia: "Ele diz que não foi ele".

Daher foi chamado à frente junto do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), e de Luiz Paulo de Silva, representante dos trabalhadores da obra. Ao se levantar, Luiz cumprimentou a primeira-dama Janja com um beijo, o que foi repreendido por Lula: "Você nunca mais beije minha mulher, rapaz. Nunca mais encoste na minha mulher pra beijar ela que eu fico muito arretado, fico muito nervoso".

Junto dos três, o presidente afirmou: "Nós vamos inaugurar essa obra, não vai faltar recurso pra essa obra. É um compromisso com esses país. Eu não voltei pra fazer a mesma coisa, eu preciso fazer mais".

O presidente ainda comparou o cuidado com o povo ao relacionamento com Janja. "Eu vou cuidar do povo brasileiro como eu cuido da minha família, como eu cuido da Janja".

Ao falar de educação, fez elogios ao ministro cearense Camilo Santana (PT) e traçou uma meta sobre institutos federais. "Eu falei para o Camilo. Eu quero fazer mil institutos, que nem o Pelé fez mil gols".

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