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Parlamentares trocam acusações sobre responsabilidade em morte no IJF e culpam até Bolsonaro
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Parlamentares trocam acusações sobre responsabilidade em morte no IJF e culpam até Bolsonaro

| Crime | Aliados do governador e do prefeito ecoaram a troca de críticas entre os dois governantes
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DEBATE na Câmara Municipal sobre crime no IJF (Foto: Érika Fonseca/Câmara Municipal de Fortaleza)
Foto: Érika Fonseca/Câmara Municipal de Fortaleza DEBATE na Câmara Municipal sobre crime no IJF

As sessões na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa do Ceará ecoaram a troca de acusações entre o prefeito José Sarto (PDT) e o governador Elmano de Freitas (PT) sobre qual gestão deveria ser responsabilizada pelo assassinato ocorrido dentro do Instituto José Frota (IJF). Nesta terça-feira, 23, um funcionário foi morto na unidade hospitalar. Na esteira dos dois governantes, as tropas de aliados partiram para o enfrentamento. Sobrou até para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na Assembleia, o presidente da Casa, recém-escolhido pré-candidato do PT à Prefeitura, Evandro Leitão, afirmou que houve falha no equipamento público e que Sarto "terceirizar a responsabilidade" é "brincar com a inteligência das pessoas".

"Se acontece alguma coisa aqui dentro da Alece, a responsabilidade é minha, presidente da Assembleia. Querer terceirizar uma responsabilidade, dizer que foi falha da segurança do Governo do Estado do Ceará, é brincadeira. Já está bom de o prefeito assumir suas responsabilidades", afirmou Evandro.

O deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil) atribuiu a culpa aos dois gestores: Elmano e Sarto. Segundo ele, em meio à troca de acusações, o povo vai continuar à mercê da criminalidade.

"Não tem como dizer que não é problema de segurança pública. É e continuará sendo. Não se pode conceber uma pessoa sendo executada e decapitada dentro de um equipamento público no Estado democrático de direito. Era para todo mundo estar se unindo e não estar fazendo esse joga pra lá e joga pra cá em cima de um problema tão sério", disse.

No entanto, ele considera que a responsabilidade maior é do governo Elmano. "O prefeito tem muito a fazer e pode contribuir muito. A Prefeitura pode colaborar, mas a responsabilidade maior é do Governo do Estado", afirmou.

O líder do bloco do PT, De Assis Diniz, cdisse que nada acontece da noite para o dia e culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Temos de lembrar quem fazia arminha, quem dizia que bandido bom é bandido morto, ou melhor, solto", comentou, citando políticas de apreensão de armas do Governo do Estado.

Na Câmara, o assunto foi iniciado pelo vereador Raimundo Filho (PDT), da base de Sarto. Ele fez um apelo à segurança pública do Estado, para proteger mais a população. "Não temos segurança de forma nenhuma. Peço que intervenha na segurança do nosso município".

Seguiu-se onda de manifestações contra o governo Elmano e a gestão Sarto. Da oposição, se pronunciaram os vereadores Professora Adriana Almeida (PT), Júlio Brizzi (PT), Bruno Mesquita (PSD), Leo Couto (PSB) e Ronivaldo Maia (PSD). Todos alegaram que o superintendente do IJF e o prefeito tinham responsabilidade.

Criticaram o Governo do Estado os vereadores Paulo Martins (PDT) e o líder de Sarto na Câmara, Iraguassu Filho (PDT). O líder chegou a afirmar que, se o episódio não fosse no IJF, seria em qualquer outro local. "A violência está demais", disse. Ele também afirmou que serão contratados mais de mil guardas municipais até o fim do ano, mas que ainda será insuficiente, devido à ação escassa do Estado. (Colaborou Guilherme Gonsalves)

 

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