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Congresso cede ao governo e adia votação de vetos de Lula
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Congresso cede ao governo e adia votação de vetos de Lula

| SESSÃO | Base governista conseguiu evitar a votação e a possível derrota
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PACHECO, o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, e Arthur Lira (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados PACHECO, o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, e Arthur Lira

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), anunciou ontem que a sessão para análise de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a matérias aprovadas pelo Legislativo foi adiada.

O Palácio do Planalto passou o dia tentando postergar a sessão com receio de que os deputados e senadores retomassem o calendário obrigatório de emendas impositivas (individuais e de bancada estadual). Além disso, há dúvidas sobre o acordo para recomposição do corte nas emendas de comissão.

"Pelo bem da República, foi tudo adiado", disse Guimarães. A previsão, agora, é que a sessão seja realizada entre 7 e 9 de maio.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, concordaram em adiar sessão que votaria vetos do presidente Lula a projetos aprovados no Congresso. Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que se realizasse a sessão e disse que já havia tempo suficiente para o Congresso "maturar" os vetos de Lula.

"O que nós acertamos na Câmara, por maioria dos líderes, é que a Câmara estava pronta para votar os vetos", disse o deputado alagoano, a jornalistas.

"Se determinados assuntos não mudaram ou não mudarão, é melhor que nós resolvamos logo, para que o governo, depois, em outras situações não fique apertado no seu calendário de votações ou projetos que possam tramitar na Casa", completou.

O adiamento da votação no Senado, na manhã de ontem, de um projeto de lei que poderia destravar as negociações sobre vetos irritou os líderes da Câmara, que estavam reunidos com Lira em uma reunião.

Alguns parlamentares comentaram, sob reserva, que a "bronca" pública do presidente Lula nesta semana para que os ministros do governo conversassem mais com os parlamentares não adiantou de todo.

O governo trabalhou para que nenhum veto fosse apreciado na tarde de ontem, com receio de que uma derrota no plenário do Congresso ofuscasse uma semana considerada positiva para a agenda econômica. O assunto voltará em maio ao plenário.

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