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Limites criaram "indústria da multa"
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Limites criaram "indústria da multa"

Wagner.
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Pré-candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza, o ex-deputado federal Capitão Wagner sinalizou nessa sexta-feira, 26, que irá rever, caso eleito, limites de velocidade estabelecidos em vias do município durante as gestões de Roberto Cláudio (PDT) e José Sarto (PDT).

"Tem dois dados que nos dão condução do que deve ser feito. Primeiro, o município de Fortaleza, depois que reduziu a velocidade, teve um aumento no número de acidentes. O segundo é que no início da gestão Sarto a Prefeitura arrecadava R$ 35 milhões com multa, e hoje são R$ 165 milhões", disse, em entrevista à Rádio O POVO CBN.

Desde o início das gestões do PDT, a Prefeitura de Fortaleza tem promovido readequação de limites de velocidades em uma série de avenidas da Capital.

No ano passado, pelo menos oito avenidas passaram a ter trechos com variação no limite de velocidade, indo de 40 km/h até 80 km/h. A maioria, no entanto, segue limite de 50 km/h.

"É um aumento absurdo (de arrecadação), e a gente teve uma pandemia no meio de tudo isso. Então é preocupante a gente ver essa indústria da multa que se criou na cidade de Fortaleza a partir dessa redução das velocidades. Hoje a gente usa a tecnologia de forma muito intensa em Fortaleza, mas para punir o fortalezense, para cobrar taxas, impostos", afirma.

Procurada pelo O POVO, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) destaca que a estratégia de criação de limites de velocidade segue recomendação global da Organização Mundial da Saúde (OMS), com impacto direto na taxa de letalidade de acidentes de trânsito. (Carlos Mazza)

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