O senador e pré-candidato a prefeito de Fortaleza Eduardo Girão (Novo) afirmou nesta segunda-feira, 29, que a Prefeitura da capital cearense tem "dinheiro de sobra", mas ele estaria "muito mal administrado".
Ele foi o segundo a participar da série de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura da capital cearense, na rádio O POVO CBN. O senador disse que dedicou a vida à administração e, por isso, quer fazer um "choque de gestão" em Fortaleza.
"O povo precisa de soluções práticas. Tô querendo fazer um choque de gestão. A minha vida inteira foi voltada à gestão. E eu acredito que Fortaleza tem condição de dar muito mais aos moradores. Resolver a questão da geração de emprego e renda, com menos burocracia e mais simplificação. Dinheiro tem de sobra, a gente sabe. O orçamento é R$ 13 bilhões e eu acredito que tá muito mal administrado. E nós precisamos de gestão", afirmou.
Girão citou a trajetória no ramo empresarial e destacou a atuação na presidência do Fortaleza Esporte Clube.
Sobre mobilidade urbana, o senador reconheceu que, nas últimas gestões, houve avanço no tema, destacando o uso de bicicletas em Fortaleza, algo que pretende ampliar caso eleito.
Sobre a segurança pública, Eduardo Girão disse que o tema precisa de remodelagem. Ele destacou ser favorável a transformar a Guarda Municipal em uma polícia municipal para resolver "problemas pequenos".
"Eu acredito que pode resolver problemas pequenos, a Guarda Municipal. Que são a maioria dos problemas. Questão com o vizinho, som alto, que tira a paz das pessoas. E deixar a Polícia Militar mais livre para que ela possa encarar o crime organizado que hoje manda e desmanda" disse.
Em cenário de divisão do campo conservador, Girão, respondeu sobre como se diferenciar das outras candidaturas desse meio — Capitão Wagner (União Brasil) e André Fernandes (PL) — pela postura de independência e com foco voltado ao "fortalezense".
"O segmento meu é fortalezense. Sempre tive uma atuação bem independente, voltada para atender aos interesses dos cearenses e dos brasileiros. E eu acredito que ninguém aguenta mais a questão de briga política, essa divisão de ex-aliados falando mal de aliados, pessoas de alguns partidos também questionando os outros. O povo precisa de soluções práticas", afirmou o senador.
Ele criticou ainda a polarização enhtre o presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). "Eu tenho visão de independência em relação ao Brasil, coisas positivas do governo Bolsonaro eu votei, coisas positivas do governo Lula eu voto. Por exemplo, o Mais Médicos, eu votei a favor".