A Câmara Municipal de Fortaleza autorizou, em sessão nesta terça-feira, 30, a instalação de três comissões parlamentares de inquérito (CPI). Os trabalhos funcionarão de forma simultânea. O movimento de criação teve aval de integrantes da base do prefeito José Sarto (PDT), como o líder Iraguassú Filho (PDT) e o vice-líder Didi Mangueira (PDT).
As CPIs são: da Enel Ceará, para investigar possíveis abusos e irregularidades na prestação de serviços pela empresa de energia elétrica; da Cagece, para investigar possíveis irregularidades no abastecimento de água e tratamento de esgoto; e dos aplicativos de transporte de passageiros, para apurar possíveis abusos cometidos contra os trabalhadores. O vereador Márcio Martins (União) solicitou a abertura das comissões no início do ano.
Três CPIs é o número máximo permitido para funcionar ao mesmo tempo na Câmara. Dessa forma, a abertura de uma nova comissão fica impedida de ocorrer até que alguma das investigações seja concluída.
A criação do trio de CPIs ocorre no momento em que a oposição ao prefeito Sarto se articulava para tentar abrir uma investigação sobre processos de desafetação de imóveis públicos de Fortaleza.
Ao todo, 17 vereadores, encabeçados por Gabriel Aguiar (Psol), assinaram o pedido de abertura da CPI, mas a decisão ficou a cargo do presidente da Casa, Gardel Rolim (PDT), que deu seguimento às outras comissões, já antes solicitadas.
De acordo com o Gardel Rolim, todas as CPIs que foram protocoladas serão instaladas. Ele destaca que seguiu o Regimento Interno da Câmara, que permite o funcionamento simultâneo de apenas três comissões.
"Tem um rito para isso, o Regimento tem regras para o funcionamento dessas comissões. E nós vamos fazer isso com muita tranquilidade, é direito dos parlamentares investigarem o que acharem que tem de ser investigado", disse Gardel.