Logo O POVO+
Aeroporto só reabre dia 31; cheia deve durar mais 10 dias na capital
Politica

Aeroporto só reabre dia 31; cheia deve durar mais 10 dias na capital

Na capital gaúcha, foi determinado ontem o racionamento de água. Cerca de 70% da cidade está sem o serviço. Há dificuldades no abastecimento de outros recursos essenciais.
Edição Impressa
Tipo Notícia
Esta foto divulgada pela Presidência brasileira mostra uma vista aérea de um avião no aeroporto inundado de Porto Alegre, Brasil, tirada em 5 de maio de 2024, durante um sobrevoo do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de áreas afetadas por enchentes desencadeadas por tempestades torrenciais no sul do estado do Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República Esta foto divulgada pela Presidência brasileira mostra uma vista aérea de um avião no aeroporto inundado de Porto Alegre, Brasil, tirada em 5 de maio de 2024, durante um sobrevoo do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de áreas afetadas por enchentes desencadeadas por tempestades torrenciais no sul do estado do Rio Grande do Sul

Fechado desde a última sexta-feira, 3, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, ficará com operações suspensas pelo menos até 30 de maio, conforme informou ontem a Fraport Brasil, empresa que administra o terminal. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a ação ocorreu "para a segurança de todos".

"As associadas Abear cancelaram os voos com origem e/ou destino para Porto Alegre e flexibilizaram as regras de remarcação e reembolso. Os passageiros devem entrar em contato com a companhia aérea para remarcação ou reembolso dos bilhetes com origem e/ou destino para a capital gaúcha."

Os aeroportos de Passo Fundo, Caxias do Sul, Pelotas e Santo Ângelo estão operando, mas podem ser afetados pelas condições meteorológicas, ainda segundo a Abear.

FUTURO

Um novo prognóstico realizado ontem pelos cientistas que anteciparam a cheia recorde do Rio Guaíba aponta que a enchente persistirá por ao menos mais dez dias em Porto Alegre e região metropolitana do Rio Grande do Sul. Os pesquisadores alertam que a cheia recorde pode se estender por ainda mais tempo caso se confirme a previsão de chuva no próximo fim de semana.

Há lentidão no escoamento do acumulado de água, com enchente principalmente em bairros das zonas central, norte e sul da capital, além das ilhas, onde muitos moradores continuam isolados e sem acesso a itens básicos há dias.

Na capital gaúcha, foi determinado ontem o racionamento de água. Quatro das seis estações de tratamento não funcionam, enquanto as demais operam abaixo do normal. Cerca de 70% da cidade está sem o serviço. Há dificuldades no abastecimento de outros recursos essenciais.

Às 11 horas dessa segunda-feira, o Guaíba estava em 5,26 m na medição da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul. O nível oscilou em alguns centímetros, variando entre 5,25 m e 5,29 m ao longo da manhã. É a maior enchente da história da cidade.

PRÓXIMOS DIAS

A cheia duradoura e a redução lenta das águas foram apontadas por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O nível deve seguir acima de 5 metros nos próximos dias e superior a 4 metros até o fim da semana. A cota de inundação do Guaíba é de 3 metros, nível estimado apenas para a segunda quinzena de maio.

Os pesquisadores têm destacado que o Guaíba está em estabilização no momento, mas não é descartada a possibilidade de que volte a subir. "As principais preocupações continuam sendo a duração dos níveis elevados e as possibilidades de repiques em função de novas chuvas ou efeito do vento", destacam Além da região metropolitana, precipitações na Serra e na região central afetam a região, pela ligação de outros grandes rios com o Guaíba.

O que você achou desse conteúdo?