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Saída de Izolda do MEC tem impacto para gestão de Camilo
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Saída de Izolda do MEC tem impacto para gestão de Camilo

Governo Lula
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Camilo Santana e Izolda Cela (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Camilo Santana e Izolda Cela

Fora do Ministério da Educação, a ex-governadora Izolda Cela (PSB) é cotada para concorrer à Prefeitura de Sobral, como planejam os irmãos Cid e Ivo Gomes (ambos do PSB), cujo objetivo é assegurar o comando da cidade, berço da família Ferreira Gomes.

Para Camilo Santana, titular do ministério, a ausência de Izolda significa um desafio político e administrativo em meio à divulgação dos primeiros resultados positivos do MEC e com a boa avalição dos trabalhos do órgão aferida em pesquisa.

O desfalque se dá exatamente no momento de implementação do programa "Pé de meia", menina dos olhos do governo federal, mas também no curso de uma crise na educação com a greve nas universidades federais e institutos federais, paralisados já há quase dois meses.

Substituir Izolda, então, não será tarefa fácil para o ex-chefe do Abolição, com quem a secretária-executiva já colabora desde que o petista se elegeu governador pela primeira vez, uma década atrás.

Alçada à segunda cadeira mais importante do MEC, Izolda dava continuidade a essa parceria, agora no papel de maior visibilidade de sua trajetória política e profissional.

A entrada no MEC foi pavimentada pelo capital acumulado num setor que é vitrine dos governos locais, razão pela qual chegou a ser cogitada inclusive para assumir a cabeça do ministério.

Camilo não deixou de se manifestar contrariamente à saída de Izolda. Para o ministro, a ex-governadora deveria permanecer no MEC. A própria pessebista, em entrevista ao O POVO, admitiu a possibilidade de deixar a pasta, mas desconversou sobre disputar a Prefeitura, indicando que preferia seguir em Brasília.

De acordo com aliados de Camilo e Cid, a secretária-executiva é, no entanto, um nome de partido, ou seja, não recusaria uma missão que lhe fosse atribuída pela direção estadual do PSB no Ceará, como é o caso.

Nesse cabo de guerra entre o desejo de Camilo em manter sua equipe no MEC e as demandas regionais do grupo de Cid e Ivo, pesou mais a peleja que se anuncia em Sobral contra o bloco de Oscar e Moses Rodrigues, que chegam fortes para a corrida eleitoral deste ano.

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