A análise do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) levantou ainda dados referentes à quantidade de empresas (unidades locais), salários e outras remunerações na região. A partir de dados obtidos no Cadastro Central de Empresas (Cempre), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, chegou-se ao número de 6.924 empresas nos 13 municípios, sendo 6.677 destas consideradas atuantes em 2021.
Em relação aos salários e rendimentos, em 2021, as empresas da região de litígio pagaram salário médio mensal de R$ 1.886 (1,7 salários-mínimos de 2021). No mesmo período, dados do Cempre mostraram que 46.969 pessoas ocupadas e remuneradas por salário ou outros rendimentos nos 13 municípios em questão, representando 2,7% do total do Estado.
Nos últimos meses o Ceará tem se dedicado a promover levantamentos acerca da região litigiosa, chegando a revelar dados de equipamentos públicos como escolas e unidades de saúde; além de áreas de preservação, terras indígenas, estradas, poços e chafarizes, infraestrutura de geração de energia elétrica e outros serviços e equipamentos mapeados.
A população desses territórios que podem se tornar piauienses é estimada em 25 mil pessoas. O município mais atingido pode ser Poranga, que tem 66,3% da área atual reivindicada pelo Piauí. O risco é de perder dois terços do atual território poranguense.(Vítor Magalhães)