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Ex-servidores da Câmara de Beberibe são presos por suspeita de "rachadinha"
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Ex-servidores da Câmara de Beberibe são presos por suspeita de "rachadinha"

O suposto esquema estaria sendo organizado por um vereador e o irmão dele, segundo investigação do Ministério Público do Estado do Ceará
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OPERAÇÃO do MP do Ceará prende ex-servidores da Câmara Municipal de Beberibe (Foto: Divulgação/MPCE)
Foto: Divulgação/MPCE OPERAÇÃO do MP do Ceará prende ex-servidores da Câmara Municipal de Beberibe

Foram presos de forma temporária, nesta terça-feira, 25, três ex-servidores da Câmara Municipal de Beberibe, cidade distante 81,95 km de Fortaleza. Os detidos, que não tiveram nomes revelados, teriam participado de um esquema de desvio de recursos públicos, por meio da devolução de parte dos salários, em um crime conhecido como ‘rachadinha’.

O suposto esquema estaria sendo organizado por um vereador e o irmão dele, segundo investigação do Ministério Público do Estado do Ceará. Os dois teriam contratado assessores parlamentares, que, “além de não prestarem o serviço, estariam repartindo mensalmente o salário com o respectivo vereador.”

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas residências de quatro ex-servidores da Câmara, uma servidora da Prefeitura e um empresário local. Um mandado ainda foi realizado na sede da Prefeitura de Beberibe. Além da apreensão, foram coletados documentos, aparelhos celulares e computadores.

Os investigados poderão responder por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

As ações ocorrem no âmbito da 2ª fase da operação, denominada “Vila Rica”. A 1ª foi deflagrada em dezembro de 2023 e, na ocasião, prendeu temporariamente os dois irmãos, acusados da organização das rachadinhas.

Na época, foram apreendidos com os suspeitos R$ 92 mil, sendo R$ 32 mil em espécie, durante o cumprimento dos mandados. Do valor encontrado, R$ 10 mil estavam na residência do vereador, além de R$ 60 mil em cheques e R$ 22 mil na casa de seu irmão. O nome do vereador e do irmão estão em sigilo de Justiça.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com apoio da Polícia Civil. O nome se refere a como era chamada a cidade de Beberibe durante o período colonial.

O POVO tenta contato com a Câmara de Beberibe, por meio do número de final 45. Quando houver retorno, esta matéria será atualizada.

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