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PL quase indicou vice de Wagner em Fortaleza, mas recuou após André apelar a Bolsonaro
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PL quase indicou vice de Wagner em Fortaleza, mas recuou após André apelar a Bolsonaro

Passado o período das convenções partidárias, as candidaturas de André Fernandes e Capitão Wagner foram confirmadas, mesmo com sinal verde de aliança
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UNIÃO Brasil e PL ventilaram acordo para Fortaleza entre os pré-candidatos Capitão Wagner e André Fernandes
 (Foto: Aurélio Alves/O POVO / Bruno Spada/Agência Câmara)
Foto: Aurélio Alves/O POVO / Bruno Spada/Agência Câmara UNIÃO Brasil e PL ventilaram acordo para Fortaleza entre os pré-candidatos Capitão Wagner e André Fernandes

As convenções partidárias se encerraram na última segunda-feira, 5, definindo, com isso, o cenário eleitoral da disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Pela ala da direita, União Brasil e PL até discutiram a possibilidade de uma aliança ainda no primeiro turno, mas não selou acordo.

As cúpulas nacionais dos partidos chegaram a se reunir para retirada da candidatura do deputado federal André Fernandes e o PL, então, apoiaria Capitão Wagner (União Brasil), indicando a vice na chapa.

Os presidentes Antônio Rueda, do União, e Valdemar da Costa Neto, do PL, se encontraram em Brasília na segunda semana de julho para as tratativas, que envolveriam troca de apoio em outros municípios considerados prioridades para o PL. O dirigente do partido do Capitão Wagner, inclusive, se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As conversas foram tidas como “boas” pró-União.

De acordo com apuração do O POVO, Valdemar se mostrou favorável à retirada da candidatura de André e o convencimento maior teria que passar pelo aval de Bolsonaro, próximo a Fernandes, e que inclusive esteve no lançamento da pré-candidatura do deputado.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, as reuniões em Brasília teriam conseguido convencer o ex-presidente, colocando questões nas negociações, como liderança em pesquisa, rejeição e maior possibilidade de vitória, teses favoráveis a Wagner. Com isso, o PL apoiaria o candidato do União Brasil e já teria o nome para a vice, sendo ele o da vereadora Priscila Costa, indicada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O acordo, então, foi desfeito após conversa de Bolsonaro com o próprio André Fernandes, quando o parlamentar chegou a se emocionar e afirmou que ficaria desmoralizado com a situação.

Rogério Marinho, secretário-geral do PL e líder da oposição no Senado, afirmou em julho ao O POVO que a pré-candidatura de André estaria definida. Ele, porém, ressaltou que as siglas estarão "com certeza" juntas em eventual segundo turno. O senador ficou de viajar para o Ceará e terminar a negociações, o que não ocorreu.

André critica "acordos escabrosos em Brasília"

Quando o PL confirmou a candidatura de André Fernandes na convenção partidária, o deputado foi às redes sociais para comentar as tratativas entre os partidos, segundo ele, “com acordos escabrosos”. “Tentaram retirar nossa candidatura no tapetão, com acordos escabrosos em Brasília nos bastidores… Quebraram a cara!”, escreveu Fernandes.

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