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Zé Batista compara Venezuela a modelo bolsonarista e critica candidatos da esquerda em Fortaleza
Politica

Zé Batista compara Venezuela a modelo bolsonarista e critica candidatos da esquerda em Fortaleza

Candidato do PSTU disse que intuito é combater a ultradireita e a frente ampla encabeçada pelos governos Lula, no Brasil, e Elmano de Freitas, no Ceará
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Ze Batista em ato de campanha na Parangaba (Foto: Vitor Magalhaes / O POVO)
Foto: Vitor Magalhaes / O POVO Ze Batista em ato de campanha na Parangaba

Zé Batista, operário da construção civil e candidato do PSTU a prefeito de Fortaleza, fez críticas ao regime em vigor na Venezuela, alegando tratar-se de projeto similar ao que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) queria implementar no Brasil e reforçou críticas a partidos da esquerda que lançaram candidato a prefeito na Capital, como PT e Psol. As declarações foram dadas ao O POVO, nesta quarta-feira, 21, em um canteiro de obras no bairro Parangaba.

“Entendemos que o que existe na Venezuela é um governo burguês, ditatorial. Ali não tem nada de socialista, democrático. É ditatorial. Defende um tipo de governo, na nossa opinião, muito parecido com o tipo de governo com militares que o bolsonarismo queria implementar no nosso país”, explicou o candidato ao ser questionado sobre divergências com siglas de esquerda.

Batista reforçou que o PSTU lançou suas candidaturas nacionalmente para apresentar um programa que combata grandes empresários e milionários, e fez críticas a outros partidos. “É o único partido que apresenta um programa que bate e se enfrenta com os milionários e só dessa forma entendemos ser capaz de atender as demandas da classe trabalhadora”.

E seguiu: “Os demais partidos no campo da esquerda não estão se propondo a isso, pelo contrário. O candidato do PT está junto com setores de milionários aqui da Capital e o Psol também não faz nenhuma crítica a essa forma de governar. Por isso o PSTU lançou suas candidaturas”, justificou.

Sobre a relação com o PCB, outra sigla à esquerda e com candidato próprio na Capital, Batista reforçou que existem discordâncias, inclusive, na seara internacional.

“O PCB tem todo direito de apresentar seu programa e ideias, da mesma forma que nós aproveitamos para apresentar as nossas. Do ponto de vista da esquerda, temos algumas divergências, inclusive internacionais, com o PCB. Não temos acordo sobre a guerra da Ucrânia ou sobre a questão do processo eleitoral da Venezuela”, pontuou.

Além disso, o candidato do PSTU disse que o partido se propõe a combater a ultradireita “encabeçada por Wagner, pelo PL". "A diferença é que queremos fazer esse combate à ultradireita ao mesmo tempo em que vamos combater essa frente ampla encabeçada pelo governo Lula e pelo Elmano de Freitas e o PT no Ceará", finalizou.

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