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Segurança pública, ausência de Naumi e padrinhos políticos marcam debate de Caucaia
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Segurança pública, ausência de Naumi e padrinhos políticos marcam debate de Caucaia

Candidatos também discutiram sobre pauta, como corrupção, obras e a educação do município. Embate entre os postulantes intensificou após falas sobre alianças e padrinhos políticos
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Debate entre os candidatos à prefeitura da cidade de Caucaia, realizado pelo O POVO, no auditório da OAB-CE, em Fortaleza (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Debate entre os candidatos à prefeitura da cidade de Caucaia, realizado pelo O POVO, no auditório da OAB-CE, em Fortaleza

O debate entre os candidatos à Prefeitura de Caucaia, realizado pelo O POVO nesta quarta-feira, 28, foi marcado por discussões relacionadas à segurança pública do município, além de críticas sobre a ausência do ex-prefeito e postulante Naumi Amorim (PSD) no encontro e os padrinhos políticos dos postulantes.

Logo no primeiro bloco, durante pergunta feita por Emília Pessoa (PSDB), Waldemir Catanho (PT) lamentou a ausência de Naumi e afirmou que ele poderia estar no encontro para explicar um empréstimo feito durante a gestão.

A candidata do PSDB também criticou a ausência do ex-prefeito e considerou que a atitude “desrespeita a cidade”. Coronel Aginaldo (PL) foi o único entre os três candidatos que não abordou a falta de Naumi no encontro.

Os candidatos também falaram sobre a segurança pública do município da Região Metropolitana. Questionada por Aginaldo sobre o tema da violência nas escolas, Emília apontou que implantará um Centro de Inteligência e Monitoramento, além de uma ronda nas escolas e nos bairros.

“No meu governo, nós vamos implantar o Centro de Inteligência e Monitoramento em Tempo Real, para controlar. Juntando com todas as forças de segurança, integrada com a Guarda Municipal. Nós vamos voltar a ronda escolar e a ronda nos bairros, porque são as escolas e os equipamentos que estão em aberto que sofrem a maior penalidade”, detalhou.

A tucana ironizou os adversários ao afirmar que é “fácil” falar dos problemas de Caucaia quando “não mora” na cidade. A ex-secretária de Educação do município ainda disse que não é “visitante de campanha”. “É muito fácil estudar dados, ler reportagens e mais fácil ainda é falar de segurança e de todos os problemas da cidade de Caucaia quando se não mora em Caucaia. Eu não sou visitante de campanha”, completou.

O debate também contou com críticas entre os candidatos presentes no local, principalmente sobre os padrinhos políticos de cada um. Em pergunta para Catanho, Aginaldo pontuou o apoio do atual prefeito Vitor Valim (PSB) ao petista e questionou se o candidato apoia pautas “que seriam defendidas pelo PT”, como aborto e legalização da maconha.

“O senhor que é apoiado pelo prefeito Vitor Valim e pertence a um partido que defende as seguintes pautas: liberação das drogas, liberação do uso de maconha, liberação do aborto, a invasão da propriedade privada. O senhor apoia essas pautas?”, perguntou.

Catanho considerou que o candidato do PL estaria “desinformado” ou “usando de má fé” e negou a defesa dos temas mencionados.

“Não há nenhum documento do meu partido, escrito. Nenhuma resolução partidária, nenhuma declaração pessoal minha no sentido de defender nada do que o senhor está falando. Na verdade, eu acho que nenhum partido defende nada disso [...] Existe uma diferença muito grande entre defender a liberação generalizada da droga e tratar as drogas como problema de saúde pública. São duas coisas absolutamente diferentes”, respondeu.

Aginaldo questionou novamente sobre o apoio de Valim e perguntou como o petista se alia a um “prefeito corrupto”. 

O candidato relembrou que, além de Valim, também é apoiado pelo governador Elmano de Freitas, pela deputada federal Luizianne Lins, pelo ministro Camilo Santana e pelo presidente Lula. Após Aginaldo também criticar o presidente, Catanho questionou sobre o apoio do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) ao postulante, mencionando o caso das joias.

“Tenho uma vida pública absolutamente limpa. Não há ninguém que encontre nada que me desabone na minha conduta moral ou ética. Diferente de pessoas que estão ao seu lado, diferente de pessoas que o senhor idolatra, como o ex-presidente Bolsonaro, que está respondendo a um processo criminal, sendo apurado pela Polícia Federal”, disse.

Emilia Pessoa e Aginaldo também discutiram sobre alianças políticas. A vereadora questionou se, caso eleito, o município será governado pelo candidato ou pelos padrinhos políticos. O postulante respondeu que não tem padrinhos em Caucaia e avaliou que a candidata do PSDB “estava em uma ascendente”, porém “se aliou a tudo que não presta”.

“A senhora, infelizmente, estava em um ascendente muito grande na sua campanha e a senhora foi se aliar a tudo que não presta da política de Caucaia, infelizmente. E para a nossa felicidade também, porque assim a senhora foi com a sua candidatura por água abaixo”.

Ao longo do debate, os postulantes também trocaram perguntas relacionadas à corrupção, transparência, às obras no Mercado das Malvinas e no Mercado da Jurema, à infraestrutura e educação do município.

Ao todo, o debate contou com apenas um pedido de direito de resposta, feito pelo candidato Coronel Aginaldo, porém a solicitação foi negada. 

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