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Datafolha: 48% foram vítimas diretas ou indiretas de crime em Fortaleza
Politica

Datafolha: 48% foram vítimas diretas ou indiretas de crime em Fortaleza

Pesquisa questionou se eleitores de Fortaleza viveram episódios de violência nos 12 meses anteriores à pesquisa. Quase metade relatou ter vivido alguma situação. O percentual dos que contam ter tido parentes ou amigos assassinados é de 30%
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EQUIPES da Polícia Civil do Ceará (PCCE), por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Ceará)
Foto: Divulgação/Polícia Civil do Ceará EQUIPES da Polícia Civil do Ceará (PCCE), por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)

Quase metade dos eleitores de Fortaleza entrevistados na mais recente pesquisa Datafolha relatam ter sido vítimas diretas ou indiretas de algum tipo de crime nos últimos 12 meses. Além das intenções de voto, o levantamento questionou sobre situações de violência vivenciadas.

O Datafolha questionou quem havia passado por alguns tipos de violência no intervalo de um ano. Dos casos de violência direta, que vitimou os próprios pesquisados, o mais recorrente foi assalto ou furto em casa, no transporte público ou na rua. Responderam ter sofrido com essa situação 24% dos entrevistados.

Percentual quase idêntico aos 23% que relataram ter tido celular furtado ou roubado em Fortaleza nos 12 meses anteriores.

Menos recorrente, ter o carro ou motocicleta levado em assalto ou furto na Capital foi mencionado por 6% dos que responderam ao Datafolha.  Outros 5% afirmaram ter tido a residência invadida ou arrombada mo período de 12 meses.

Violência indireta

Quando a pergunta foi sobre violência indireta, houve 30% dos entrevistados que relataram ter tido, no período de 12 meses anteriores à pesquisa, algum familiar ou amigo assassinado em Fortaleza.

O convívio com crimes contra a vida foi mais recorrente entre pessoas com renda de até 2 salários mínimos, com 34%, seguido por entrevistados com renda de 2 a 5 salários mínimos (25%) e com renda superior a 5 salários (24%).

No total, os que disseram ter sido vítimas diretas ou indiretas de algum desses crimes chegam a 48%. Era possível responder afirmativamente a mais de um item.

Os que disseram não ter sofrido nenhum desses tipos de crime no intervalo de ano anterior à pesquisa somam 52%.  

A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 20 e 21 de agosto. O levantamento entrevistou 644 eleitores. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com número CE-08395/2024

Tendência da violência 

O Datafolha indagou ainda se os entrevistados têm a percepção de aumento, redução ou estabilidade da violência no periodo de 12 meses. O crescimento foi sentido por 61% dos eleitores ouvidos, enquanto 30% consideraram que o cenário permaneceu igual e 7% entenderam que houve diminuição.

A maior sensação de aumento da violência é entre as mulheres — 67%. O índice entre os homens é de 55%.

Ao responderem sobre a opinião acerca das várias áreas do poder público no Município, os eleitores deram a pior nota para a segurança pública, entre 13 categorias avaliadas. A média da avaliação do setor foi 4,3.

FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 24-10-2023: Nova sinalização nas filas prioritárias dos terminais de onibus da Parangaba e Papicu. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo)
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 24-10-2023: Nova sinalização nas filas prioritárias dos terminais de onibus da Parangaba e Papicu. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo)

Datafolha Fortaleza: 26% aprovam sistema de ônibus da Capital; 11% consideram ruim ou péssimo

O Datafolha perguntou aos usuários do sistema de ônibus de Fortaleza a opinião sobre o serviço. Para 26%, o transporte coletivo é "ótimo ou bom". Percentual idêntico aos que consideram regular, também 26%.

Já as avaliações de que o sistema de transporte é ruim ou péssimo foram apontadas por 11%.

O número de entrevistados que não utilizam o serviço foi de 37%. Desse número, 48% são eleitores homens e 28%, mulheres. Em relação à renda dos eleitores que não fazem uso dos ônibus, 29% têm renda familiar de até 2 salários, 39% contam com renda de 2 a 5 salários e 68% têm renda superior a 5 salários.

Os entrevistados ainda avaliaram com notas de 1 a 10 diferentes serviços públicos oferecidos no Município.

As ações de coleta de lixo domiciliar e a quantidade de escolas públicas tiveram a maior média, com 7,1. A terceira maior nota foi para a área de transporte público. As opções de transporte coletivos, como ônibus, metrô, vans e VLT, receberam classificação 6,8.

As áreas de segurança pública e conservação das calçadas atingiram as piores notas, com 4,3 e 5, respectivamente.

A pesquisa foi realizada nos dias 20 e 21 de agosto de 2024. Foram realizadas 644 entrevistas em toda a cidade de Fortaleza.A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com número CE-08395/2024.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 20-08-2024 - Entrega do novo posto de saúde no bairro Cajazeiras (foto: Matheus Souza/Especial para O povo)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 20-08-2024 - Entrega do novo posto de saúde no bairro Cajazeiras (foto: Matheus Souza/Especial para O povo)

Saúde municipal é ótima/boa para 27% e ruim/péssima para 17%

A pesquisa Datafolha perguntou o que a população de Fortaleza que usa o sistema público de saúde acha sobre os serviços oferecidos pelo Município. Houve 30% que classificaram a área como "regular". A opinião de que o atendimento oferecido é "ótimo ou bom" foi expressa por 27%.

Os que responderam que a saúde municipal é ruim ou péssima foram 17%. Houve ainda 28% dos ouvidos na pesquisa Datafolha que informaram que não usam o serviço público de saúde municipal.

Entre os homens, 33% responderam que não utilizam o sistema público de saúde da Capital, número maior do que o observado entre as mulheres, com 20%.

Já em relação à renda, 15% das pessoas com renda familiar mensal de até 2 salários não fazem uso do sistema. O percentual aumenta entre pessoas com renda de 2 a 5 salários mínimos (37%). Quando o recorte chega às pessoas de maior renda, superior a 5 salários mínimos, a maioria respondeu que não usa a saúde pública municipal: 56%.

A pesquisa foi contratada pelo O POVO e realizada nos dias 20 e 21 de agosto de 2024. Foram realizadas 644 entrevistas em toda a cidade de Fortaleza. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.A pesquisa está registrada no TSE com número CE-08395/2024

Além da avaliação da saúde pública da Capital, os entrevistados deram notas de 1 a 10 para diferentes serviços públicos oferecidos no Município.

Em relação á saúde, a avaliação abrantgeun especificamente a quantidade de equipamentos. O oferta de postos de saúde recebeu nota 6,0. Já a quantidade de hospitais públicos obteve conceito 5,6.

Nota dos serviços municipais



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