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Wagner perde 11 inserções na TV para André em direito de resposta
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Wagner perde 11 inserções na TV para André em direito de resposta

Decisão se deu por Wagner associar André Fernandes, segundo a Justiça, ao uso de cocaína na propaganda eleitoral na TV
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Os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes (PL) e Capitão Wagner (União) (Foto: Aurélio Alves/O POVO / FCO Fontenele/O POVO)
Foto: Aurélio Alves/O POVO / FCO Fontenele/O POVO Os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes (PL) e Capitão Wagner (União)

A Justiça Eleitoral condenou Capitão Wagner a conceder direito de resposta a André Fernandes (PL), no que diz respeito aos vídeos em que o candidato do União Brasil resgatou publicações do adversário do PL de 2014, quando este aparecia cheirando sal.

Nas peças produzidas pela campanha de Wagner haveria a intenção de associar André ao uso de drogas ilícitas. Na decisão, o juiz Ernani Pires Paula Pessoa Junior, da 116ª Zola Eleitoral de Fortaleza, determina que a resposta seja publicada na televisão aberta, pelo tempo de 30 segundos, em 11 inserções.

Vale lembrar que a companha eleitoral termina no dia 3 de outubro, com o primeiro turno ocorrendo do domingo, 6.

Na decisão, o juiz afirma que "essa narrativa provavelmente foi criada apenas com o intuito de fomentar engajamento de espectadores, não sendo verossímil, neste momento, acreditar que o mesmo use ou declare realmente ser usuário de drogas”.

O juiz admite que, ao interagir com internautas e aceitar o desafio de "cheirar sal", Fernandes criou a "semiótica de que aquela situação se assemelhava com o consumo de drogas, usando nota ou réplica de dinheiro como canudo, o pó em carreira semelhante à utilização de cocaína". No entanto, segue o magistrado, o fato não se caracteriza como apologia às drogas.

"Tal situação não pode ser entendida como uso ou apologia ao uso de narcóticos. O vídeo, de fato, parece ter sido construído em um contexto cômico e com o propósito do humor do absurdo. Dessa forma, apesar do vídeo ser de gosto duvidoso e do requerente verbalizar que está 'muito doido' ou que o sal 'é da boa ó, doido', essa narrativa provavelmente foi criada apenas com o intuito de fomentar engajamento de espectadores, não sendo verossímil, neste momento, acreditar que o mesmo use ou declare realmente ser usuário de drogas", conclui.

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