Logo O POVO+
O que as pesquisas projetam para a disputa nas capitais
Politica

O que as pesquisas projetam para a disputa nas capitais

O POVO traz, por meio das últimas pesquisas, um levantamento de como estão projetadas as eleições nas capitais brasileiras. Em boa parte delas, disputa é marcada por oposição entre aliados de Lula e de Bolsonaro
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
CENÁRIO ELEITORAL NAS CAPITAIS (Foto: Luciana Pimenta)
Foto: Luciana Pimenta CENÁRIO ELEITORAL NAS CAPITAIS

Com exceção de Brasília, todas as demais 26 capitais brasileiras vão às urnas neste domingo, 6, para votar em quem deverá comandá-las nos próximos anos. Cenários indefinidos em algumas delas, em outras há hegemonia clara.

Levantamento do O POVO com base nas pesquisas de intenção de voto mais recentes mostra um panorama geral de como estão as disputas, em quais capitais devem eleger prefeito em primeiro turno e quais delas o embate deverá seguir até dia 27, data marcada para o segundo turno.

Bolsonarismo x PT

Algumas capitais brasileiras ecoam a polarização nacional envolvendo os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os apoiadores de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O embate pautou a política nacional nos últimos anos. A situação parece estar melhor para o lado da direita, já que o PL lidera em seis capitais e pode vencer em primeiro turno em três delas. Numericamente, o PT aparece liderando apenas em Natal, mas com empate técnico.

Essa margem mínima na liderança também é vista em Fortaleza, justamente entre um candidato do PL e um do PT, com o bolsonarista André Fernandes numericamente à frente do petista Evandro Leitão.

Em Cuiabá (MT), os dois partidos também devem protagonizar a disputa no segundo turno. As siglas ainda aparecem disputando vagas em segundo turno em algumas outras capitais, mas localmente a polarização parece perder força em comparação com ao que se vê no cenário nacional.

Se ampliarmos a análise para candidaturas de outras siglas com apoio das duas forças políticas, o bolsonarismo mostra-se também mais forte. Candidatos próximos ao ex-presidente concorrem com reais chances em 11 capitais, enquanto em quatro estão bem as candidaturas de aliados de Lula.

Cidades como Recife e Rio de Janeiro, que têm alianças envolvendo o PT liderando com folga, mostram em 2024 que o petismo está mais forte em locais onde se coliga do que com candidaturas onde encabeça a chapa.

1º turno x 2º turno

Pesquisas eleitorais são retratos momentâneos, mas a preço de hoje é possível projetar que 13 capitais brasileiras podem ter definição da eleição municipal já em 6 de outubro. Em sete destas, é bem provável que não haja segundo turno, havendo indefinição em Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

Outras 13 capitais brasileiras devem ter o gestor municipal definido em segundo turno. Em pelo menos 10 delas - Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Natal (RN), Sâo Paulo (SP) e Porto Alegre (RS) - há uma indefinição sobre quais os dois nomes que formarão a disputa de 27 de outubro.

É impossível definir qualquer candidato como já no segundo turno em pelo menos três capitais. Além de Fortaleza, a situação repete-se em Natal e São Paulo.

Macapá (AP) caminha para reeleger Dr. Furlan (MDB), com projeção de ter a maior votação do país - pesquisas o colocam com mais de 80% das intenções de voto - enquanto Dr. Pessoa (PRD), prefeito de Teresina (PI) tem tido dificuldades de emplacar candidatura à reeleição. 

Raio-X por região

Nordeste: reeleição ou indefinição

No Nordeste, destaque para o alto número de prefeitos que lideram a corrida pela reeleição. Em cinco das nove capitais da região, o atual chefe do executivo municipal aparece bem nas pesquisas: João Pessoa, Maceió, São Luís, Recife e Salvador. Nas demais, a indefinição reina e o cenário caminha para segundo turno. Em Teresina (PI), a situação do atual prefeito Dr. Pessoa (PRD) não é nada boa. Em Fortaleza, José Sarto (PDT) segue na disputa por uma vaga no segundo turno, mas não aparece entre os dois primeiros.

Sul: luta por vaga

No Sul, enquanto Florianópolis (SC) caminha para um possível desfecho no primeiro turno, com a eleição de Topázio Neto (PSD), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR) veem uma indefinição inclusive nos nomes que deverão estar no segundo turno.

Centro-Oeste: União Brasil perde força

No Centro-Oeste, o que se via há cerca de um mês eram candidaturas do União Brasil liderando em todas as capitais - Brasília não tem eleição. Com a aproximação do pleito, apenas Sandro Mabel (União Brasil) mantém a ponta, em Goiânia, onde deve ir ao segundo tuno. Em Cuiabá, Eduardo Botelho (União Brasil) despencou para a 3ª colocação, enquanto Rose Modesto (União Brasil) divide a liderança em Campo Grande, empatada tecnicamente com Adriane Lopes (PP) e Beto Pereira (PSDB). Nas três cidades devemos ter segundo turno.

Norte: Liderança à direita 

Das sete capitais da região Norte, cinco têm na liderança candidaturas apoiadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro: Rio Branco, Palmas, Porto Velho, Boa Vista e Macapá.

Sudeste: Diferentes lutas pela reeleição

Sudeste tem diferentes lutas por reeleição. Na capital de dois dos quatro estados, Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG), quem lidera as pesquisas não recebe apoio de Lula (PT) ou Bolsonaro (PL). Na capital capixaba, o atual prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) tem boas chances de vitória no 1º turno.

Em BH, o apresentador de TV, Mauro Tramonte (Republicanos) caminha para ir ao segundo turno, mas não tem adversário definido - na disputa aparece o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), tecnicamente empatado com Bruno Engler (PL).

No Rio, Eduardo Paes (PSD) segue com folga na liderança para se reeleger no 1º turno. Em São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) divide a liderança, empatado tecnicamente com Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), em uma disputa imprevisível.

CENÁRIO NAS CAPITAIS - NORDESTE

Fortaleza - Datafolha (25/9)

André Fernandes (PL): 27%
Evandro Leitão (PT): 25%
Capitão Wagner (União Brasil): 17%
José Sarto (PDT): 15%

Salvador – Paraná Pesquisas (1º/10)

Bruno Reis (União Brasil) 74%
Geraldo Júnior (MDB) 7,4%
Kléber Rosa (Psol) 4%

Recife - Datafolha (3/10)

João Campos (PSB): 74%
Gilson Machado (PL): 10%
Daniel Coelho (PSD): 5%
Dani Portela (Psol): 4%

Natal - Atlas (24/9)

Natália Bonavides (PT): 28,4%
Paulinho Freire (União Brasil): 27,9%
Carlos Eduardo (PSD): 27,6%

São Luís - Futura (1/10)

Eduardo Braide (PSD): 61,2%
Duarte Júnior (PSB): 23,3%

Maceió - Futura (30/9)

JHC (PL): 72,6%
Rafael Brito (MDB): 14%

João Pessoa - Futura (1º/10)

Cícero Lucena (PP): 53,2%
Ruy Carneiro (Podemos): 16,4%
Marcelo Queiroga (PL): 13%
Luciano Cartaxo (PT): 8,1%

Teresina - Futura (24/9)

Silvio Mendes (União Brasil): 43,6%
Fábio Novo (PT): 39,5%

Aracaju - Futura (30/9)

Emília Correa (PL): 33,8%
Luiz Roberto (PDT): 21,4%
Yandra (União Brasil): 17,9%
Candisse Carvalho (PT): 7,1%
Delegada Danielle (MDB): 5,8%
Niully Campos (Psol): 4,1%

CENÁRIO NAS CAPITAIS - SUDESTE

São Paulo - Datafolha (3/10)

Guilherme Boulos (Psol): 26%
Ricardo Nunes (MDB): 24%
Pablo Marçal (PRTB): 24%
Tabata Amaral (PSB): 11%
Datena (PSDB): 4%

Rio de Janeiro - Datafolha (3/10)

Eduardo Paes (PSD): 54%
Alexandre Ramagem (PL): 22%
Tarcísio Motta (Psol): 4%

Belo Horizonte - Datafolha (3/10)

Mauro Tramonte (Republicanos): 21%
Fuad Noman (PSD): 21%
Bruno Engler (PL): 21%
Duda Salabert (PDT): 9%
Gabriel (MDB): 7%
Rogério Correia (PT): 6%

Vitória – Paraná Pesquisas (2/10)

Lorenzo Pazolini (Republicanos): 50,2%
João Coser (PT): 17,3%
Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB): 8,8%
Assumção (PL): 8,0%
Camila Valadão (Psol): 6,3%

CENÁRIO NAS CAPITAIS - SUL

Porto Alegre - Atlas (1º/10)

Sebastião Melo (MDB): 32,4%
Maria do Rosário (PT): 28,9%
Juliana Brizola (PDT): 22,9%

Curitiba - Quaest (17/9)

Eduardo Pimentel (PSD): 32%
Luciano Ducci (PSB): 16%
Ney Leprevost (União Brasil): 12%
Roberto Requião (Mobiliza): 9%

Florianópolis - Futura (1/10)

Topázio (PSD): 48,4%
Marquito (Psol): 15,2%
Dário (PSDB): 9,7%
Pedrão (PP): 9,5%
Lela (PT): 5,7%

CENÁRIO NAS CAPITAIS - NORTE

Manaus - Atlas (3/10)

David Almeida (Avante): 29,2%
Capitão Alberto Neto (PL): 22,1%
Amom Mandel (Cidadania) 19,8%
Roberto Cidade (União Brasil): 14,5%

Belém - Atlas (25/9)

Igor Normando (MDB): 43,7%
Éder Mauro (PL): 25,7%
Edmilson Rodrigues (Psol): 16,1%

Macapá - Futura (30/9)

Dr. Furlan (MDB): 80,1%
Patrícia Ferraz (PSDB): 9,9%
Aline Gurgel (Republicanos): 5,2%
Porto Velho - Futura (28/9)
Mariana Carvalho (União Brasil): 50,7%
Léo Moraes (Podemos): 17%
Juíza Euma Tourinho (MDB): 13,6%
Célio Lopes (PDT): 5,8%

Palmas - Futura (2/10)

Janad Valcari (PL): 53,5%
Eduardo Siqueira Campos (Podemos): 21,6%
Professor Junior Geo (PSDB): 16,9%

Boa Vista - Futura (1º/10)

Arthur Henrique (MDB): 65,5%
Catarina Guerra (União Brasil): 25,7%

Rio Branco - Futura (3/10)

Tião Bocalom (PL): 49,4%
Marcus Alexandre (MDB): 30,5%
Emerson Jarude (Novo): 10,4%

CENÁRIO NAS CAPITAIS - CENTRO-OESTE

Goiânia - Futura (28/9)

Sandro Mabel (União Brasil): 27,2%
Adriana Accorsi (PT): 20,5%
Fred Rodrigues (PL): 15,4%
Vanderlan Cardoso (PSD): 14,7%
Matheus Ribeiro (PSDB): 5,9%
Rogério (Solidariedade): 5,6%

Cuiabá - Atlas (1º/10)

Abílio (PL): 32,3%
Lúdio (PT): 24,3%
Eduardo Botelho (União): 17,9%
Kenedy (MDB): 9,8%

Campo Grande - Paraná Pesquisas (3/10)

Rose Modesto (União Brasil): 26,4%
Adriane Lopes (PP): 24,6%
Beto Pereira (PSDB): 24,6%
Camila Jara (PT): 9,0%

O que você achou desse conteúdo?