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Na quarta eleição perdida, Capitão Wagner fica em silêncio e fora do segundo turno pela primeira vez
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Na quarta eleição perdida, Capitão Wagner fica em silêncio e fora do segundo turno pela primeira vez

Candidato do União Brasil ficou em quarto lugar nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza, com 159.426 votos
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AO votar pela manhã, candidato sinalizou que
Foto: Matheus Souza AO votar pela manhã, candidato sinalizou que "conservaria" com outros candidatos no 2º turno

Acostumado com os flashes das câmeras e coletivas de imprensa, Capitão Wagner (União Brasil), ficou em silêncio pela primeira vez ao perder a quarta campanha para cargos majoritários no Ceará. Não ir para o segundo turno também é um cenário inédito para o candidato. 

O POVO compareceu ao comitê de Wagner, na avenida João Pessoa, e encontrou o espaço com poucas pessoas, cadeiras de plástico empilhadas e um telão transmitindo os resultados da disputa para vereador. Os trabalhadores enrolavam os fios das caixas de som e guardavam os materiais, em conversas baixas e desanimadas.

No local, O POVO foi informado que o candidato do União Brasil não iria falar com a imprensa, um fato inédito em suas campanhas, e soltaria uma nota aos veículos de comunicação. A expressão dos apoiadores era de tristeza ao deixarem o comitê, os adesivos e os santinhos da campanha para trás.

Em nota, Wagner expressou gratidão por quem participou da sua candidatura, assim como a imprensa, e afirmou que este momento seria de dedicação à família e, por isso, estaria descansando com eles.

“Quero expressar minha mais profunda gratidão, primeiramente a Deus, que nos permitiu fazer uma campanha linda e limpa, a cada um dos fortalezenses que acreditaram no nosso projeto, aos voluntários que vestiram a nossa camisa e estiveram conosco nas ruas, aos colegas candidatos a vereadores, do nosso partido e à imprensa, sempre solícita e respeitosa”, escreveu.

E completou: “Foram 45 dias intensos e de muito trabalho, agora eu preciso me dedicar a minha família e estarei, durante os próximos dias descansando com eles”.

Mais cedo, ao votar, Wagner fez um balanço da disputa para a Prefeitura, analisando que foi “uma campanha disputada”, com “quatro candidaturas bem fortes”, mas que acreditava que a sua representava o melhor para Fortaleza.

Ele também comentou sobre qual campanha poderia apoiar, caso não passasse para o segundo turno, e apesar de não confirmar nenhum nome, sinalizou que conservaria com os outros candidatos.

“Olha, eu prefiro aguardar mais tarde o resultado e caso não vá, lógico que a gente vai conservar e ver qual a melhor candidatura que a gente possa tá se somando”, explicou ao O POVO.

Apesar do clima de animosidade na campanha entre Wagner e André Fernandes (PL), no último debate, realizado na última quinta-feira, 3, o candidato chegou a pedir desculpas e afirmar que tinha se excedido.

O comentário sobre excessos de ataques se repetiu na coletiva depois do seu voto: “A gente teve que ter sabedoria, paciência e entender que no processo desses, numa disputa extremamente disputada, os ânimos iriam se acirrar, tive humildade também de assumir que em alguns momentos a gente se excedeu”.

Vale destacar que o seu partido, União Brasil, é da base do governo Lula, que apoia Evandro Leitão (PT), mas possui uma posição ambígua no cenário nacional e não é certeza se embarcaria na campanha petista no Ceará.

Wagner ficou em quarto lugar da disputa, acumulando 159.426 votos e ficou atrás do candidato à reeleição José Sarto (PDT), que teve 164.402. O segundo turno será disputado entre André Fernandes, que teve 40,20%, dos votos, contra Evandro Leitão, com 34,33%.

Na campanha para governador do Estado do Ceará, em 2022, Wagner chegou a somar 602.050 mil votos na região de Fortaleza, mas acabou perdendo para Elmano de Freitas (PT).

Ele também perdeu outras duas disputas para prefeitura de Fortaleza, em 2016 e 2020. No entanto, essa é a primeira vez que ele não disputa o segundo turno, além de ser o menor número de votos em uma campanha.

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Ele também perdeu outras duas disputas para prefeitura de Fortaleza, em 2016 e 2020. No entanto, essa é a primeira vez que ele não disputa o segundo turno, além de ser o menor número de votos em uma campanha

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