O município de Tauá, no Sertão dos Inhamuns, seguirá sob a gestão de Patrícia Aguiar (PSD), reeleita com folga somando 70,03% dos votos no município. Será o quatro mandato dela. A disputa foi uma reedição de um confronto que coloca em lados opostos o grupo da atual prefeita, liderado pelo ex-vice-governador Domingos Filho, presidente do PSD no Ceará, contra os opositores que, na eleição de 2020, saíram separados.
O principal nome da oposição era Dr. Edyr (MDB), irmão do suplente de deputado Audic Mota (MDB). Ele recebeu 27,85% dos votos válidos. Em terceiro lugar, Dr. Murillo Carvalho (PL) obteve 2,11% do total.
Em 2020, quando Patrícia foi eleita com 48,91% dos votos válidos, havia outras cinco candidaturas, inclusive a de Dr. Edyr, que ficou em terceiro, atrás de Fred Rego (no extinto DEM). Em um novo embate, a oposição escolheu ir unida em uma coligação com MDB, Republicanos e PP, com o irmão de Audic novamente como cabeça de chapa.
Toda a mobilização tentava bater de frente com Patrícia, que arrastou partidos e montou uma coligação robusta. Ela conseguiu, além do PSD, o apoio do Republicanos, PSB, Agir, União Brasil, ainda colocou no mesmo bloco o PDT e o PT, federado com o PCdoB e com o PV que, em nível estadual enfrentaram um racha em 2022. Patrícia recebeu apoio público do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
A reeleição mantém as raízes da família de Domingos Filho, que chegou a ser o deputado mais votado em no município em pelo menos quatro eleições. Patrícia também tem longo histórico no município. Em 2000, foi eleita prefeita de Tauá pela primeira vez, se reelegendo em 2004, para um segundo mandato. Sua sucessão foi o primo de Domingos, Odilon Aguiar. Patrícia voltou a concorrer e ganhou em 2012, mas acabou perdendo a reeleição. Agora, ela volta para seu quatro mandato.