O presidente nacional do PDT, deputado federal André Figueiredo, publicou nas redes sociais uma nota pública, na tarde desta quinta-feira, 10, pregando que a neutralidade diante da disputa do segundo turno em Fortaleza é a "postura mais adequada".
Na nota, o deputado afirma que os dois candidatos que disputam o segundo turno representam caminhos que 'não estão alinhados aos princípios e bandeiras' que defende, além de não agradarem ao modelo de gestão que considera adequado para o Ceará e sua capital.
Dessa forma, ele fala que neutralidade partidária no momento é a postura considerada mais adequada, "respeitando os posicionamentos individuais" dos integrantes do partido. Por fim, ressalta que pessoalmente irá seguir o alinhamento nacional do partido.
Após o prefeito José Sarto (PDT) terminar em terceiro na votação de 6 de outubro, o PDT não definiu ainda se tomará lado na disputa entre Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL). A sigla, porém, integra o governo Lula, com a presença de Carlos Lupi, presidente nacional licenciado da sigla, como ministro da Previdência Social.
Alguns vereadores próximos a Sarto já manifestaram apoio a Evandro antes mesmo das declarações do prefeito e da nota do deputado. Casos de Adail Jr. e Carlos Mesquita, este último vice-líder do governo na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).
Já Gardel Rolim (PDT), presidente da CMFor e também aliado de primeira hora de Sarto, encontrou André Fernandes na última terça-feira, 8, para discutir possível aliança. A conversa inicial, segundo O POVO apurou, foi tida como boa. Gardel tenta viabilizar uma reeleição para presidência da Casa, em troca do seu apoio, o que teria aval de parlamentares próximos a Fernandes.
"Meu compromisso histórico sempre foi, e continua sendo, com a defesa de valores democráticos, populares e de justiça social, pilares fundamentais da nossa atuação política.
O PDT se orgulha de, nos últimos 12 anos, ter contribuído para a construção de uma Fortaleza mais justa, igualitária, inclusiva, com mais geração de emprego e renda, e melhorias substanciais na qualidade de vida do nosso povo.
Entendo que, no cenário atual, os dois candidatos que disputam o segundo turno representam caminhos que, por um lado, não estão alinhados aos princípios e bandeiras que defendo, e por outro, não agradam ao modelo de gestão que considero adequado para o Ceará e para a nossa capital.
Diante desse contexto, compreendo que a neutralidade partidária neste momento é a postura mais adequada, respeitando os posicionamentos individuais dos nossos integrantes, ressaltando que pessoalmente seguirei o alinhamento nacional do Partido."