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Vice-prefeito Élcio não é contra futuro prefeito desfazer políticas de Sarto e RC
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Vice-prefeito Élcio não é contra futuro prefeito desfazer políticas de Sarto e RC

Élcio Batista também comentou sobre a posição do diretório municipal do PSDB de apoiar a candidatura de André Fernandes (PL) à Prefeitura de Fortaleza
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Vice-prefeito de Fortaleza Élcio Batista participou de entrevista no Jogo Político (Foto: João Filho Tavares)
Foto: João Filho Tavares Vice-prefeito de Fortaleza Élcio Batista participou de entrevista no Jogo Político

O vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista (PSDB), não se colocou contra propostas de André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) de desfazerem políticas públicas implementadas nas gestão de José Sarto (PDT) e do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT). O tucano participou do podcast Jogo Político nesta quarta-feira, 16. 

Entre as promessas de Fernandes, está a diminuição das ciclofaixas e até o fim da Agência de Fiscalização (Agefis), além do afrouxamento de regras de trânsito. Leitão citou o fim da Taxa do Lixo, assim como André, e a diminuição do corredor de ônibus na avenida Bezerra de Menezes. 

“Digamos que eu não seja um defensor de que a cidade não deva mudar, que a cidade não deva se adaptar a novos tempos e também não sou um defensor de políticas públicas para a eternidade”, explicou.

Para ele, quando um novo prefeito é eleito, o gestor tem direito de alterar as políticas da cidade, buscando o melhor para a cidade. No entanto, ele defende a necessidade de avaliar o impacto das políticas públicas e fazer uma análise sobre cada uma.

“O que eu sempre defendo é que em qualquer uma dessas situações (é preciso) medir um impacto dessa política pública, fazer uma análise técnica dessa política pública para que você possa dar continuidade, aperfeiçoar ou simplesmente acabar. Acho que a gente deve pensar dessa forma em qualquer contexto”, acrescentou.

Apoio com divergências

Apesar do diretório municipal do PSDB ter declarado apoio a candidatura de André Fernandes, com divergências, Élcio não está endossando nenhuma candidatura e disse, rindo, que o seu "voto é secreto". O diretório estadual do partido, presidido pelo vice-prefeito, decidiu pela neutralidade.

Também foi questionado ao vice-prefeito qual seria a postura do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB). Élcio explicou que o ex-gestor defende a neutralidade do partido, por entender que nem André Fernandes nem Evandro Leitão não representam o "melhor para a cidade".

Élcio ainda defendeu que a neutralidade é sim de fato uma posição, e que representa parte do eleitorado que votou em Sarto e em Capitão Wagner (União Brasil), além dos votos brancos e nulos. “Então isso é uma demonstração de que essa posição tem representação na base da sociedade”, acrescentou.

O vice-prefeito contou que a campanha de Evandro Leitão não tentou entrar em contato com ele. 

Comparação de André e Luizianne Lins

Élcio Batista ainda fez uma comparação entre André Fernandes e a ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins (PT), em relação à juventude dos dois na carreira política. 

Apesar da comparação entre ambos, Luizianne foi eleita ao primeiro mandato de vereadora em 1996, aos 27 anos, e para a Prefeitura aos 35, em 2004.

“A Luizianne foi prefeita de Fortaleza, também extremamente jovem, quando ela foi vereadora e deputada. Essa juventude, você chegar num momento como esse, com 26 anos de idade, claro que falta uma carga de experiência em termos de administração pública. (...) Mas, acho que é um desafio que se coloca para ele. É um jovem como qualquer outro qualquer”, continuou.

A culpa é do Sarto?

O vice-prefeito também minimizou o jingle “A culpa é do Sarto”, usado na campanha de Fernandes, e afirmou que a música fez “faz parte da narrativa, do marketing político”. Ele reforçou, no entanto, que a letra da canção não representa a verdade da gestão do prefeito.

“Todo mundo que participa de uma eleição quer ganhar e vai utilizar a melhor forma de comunicar uma crítica ou uma defesa no momento da eleição. Eu acho que ele foi muito feliz com a música, até porque acabou catapultando ele nacionalmente, (...) mas sobretudo, acho que ele conseguiu com a música se comunicar com parte do eleitorado que achava que ele estava falando uma verdade sobre a cidade de Fortaleza”, analisou.

Assista a entrevista completa: 

 

 

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