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Promessa de formação de grupo de gestores atraiu Geraldo Luciano para o lado de André Fernandes
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Promessa de formação de grupo de gestores atraiu Geraldo Luciano para o lado de André Fernandes

Executivo nega que vá tentar novamente sair candidato, mas não descarta participar de uma possível gestão do candidato a prefeito pelo PL
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GERALDO Luciano foi entrevistado ontem na Rádio O POVO CBN (Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo)
Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo GERALDO Luciano foi entrevistado ontem na Rádio O POVO CBN

O executivo Geraldo Luciano disse ter conversado com o candidato a prefeito de Fortaleza, André Fernandes (PL), a quem anunciou apoio no segundo turno. Para ele, um fator importante para isso é a intenção do candidato de criar um grupo de gestores técnicos nas diversas áreas de uma futura administração, caso seja eleito.

"Você tem que analisar e escolher aquele que você acredita que tem condições de fazer a melhor entrega para a população. Tive oportunidade de conversar, após o primeiro turno, com o deputado federal André Fernandes. Eu confesso a você que me surpreendi positivamente com um jovem que está com muita vontade de coordenar um projeto político para a cidade de Fortaleza. Ele manifestou a intenção de fazer um grupo de gestores técnicos, caso venha a ganhar a eleição, que possam auxiliá-lo nisso. Para quem passou a vida inteira trabalhando com gestão, entende que isso é muito importante, o líder consegue resultado através das pessoas", disse Geraldo, em entrevista na manhã desta quinta-feira, 17, à Rádio O POVO CBN.

Ele disse aos jornalistas Jocélio Leal e Juliana Matos Brito que apoiou, no primeiro turno, o amigo Eduardo Girão (Novo), e que agora acredita que André tem condições de fazer o melhor por Fortaleza, caso assuma a Prefeitura.

Parte do time?

Questionado sobre se poderia fazer parte da gestão André, primeiro Geraldo desconversou, afirmando ser cedo para qualquer tipo de especulação dessa natureza. "Eu acho que pode até parecer um pouco arrogante começar a dizer se A, B ou C podem ser secretários, podem participar de uma equipe. Não está na hora disso. Todo o foco de quem está dirigindo a campanha até 27 de outubro tem que ser no sentido de mostrar que o seu projeto é realmente o melhor projeto", disse.

Ao final do papo, disse que participar ativamente não é algo totalmente descartado, apesar das atribuições que já tem.

"Eu precisaria refletir um pouco mais, saber de como eu poderia contribuir, de como eu poderia influenciar, no sentido do que eu acho mais positivo, mais importante. Eu realmente não colocaria o 'jamais', mas obviamente precisaria ter conversas em relação à como eu poderia contribuir, porque eu tenho hoje uma vida muito estabilizada, com várias atribuições com relação ao setor privado. Isso me satisfaz, isso me dá realmente uma motivação muito grande, mas o 'jamais' fica para disputar eleições", avaliou.

Jamais candidato

O executivo afirmou que jamais sairá candidato a algum cargo público, embora já tenho tido essa vontade anteriormente.

"Em algum momento da minha vida eu pensei (ser candidato), dado que eu tive 18 anos de experiência em gestão no Banco do Nordeste, depois 24 no M. Dias Branco, uma experiência na área pública e outra na área privada. Pensei em dar essa contribuição, mas só faltou uma coisa para que eu conseguisse: voto. Só o que eu não tinha era voto, então com isso eu realmente vi que não condições de seguir adiante com esse sonho. Não pretendo jamais participar de uma eleição que não seja somente como eleitor, ou apoiando amigos que realmente tenha essa pretensão", adiantou.

Direita x esquerda

"Não gosto muito dessa discussão de direita e esquerda, porque eu acho que o cidadão quer são serviços públicos de qualidade, que o prefeito melhore a sua vida, que traga a oportunidade de emprego, melhore saúde, educação, e isso aí não tem direita ou esquerda. A gente não deve deixar de olhar para frente, de como se pode melhorar a vida da população. A discussão entre esquerda e direita eu acho absolutamente inútil", rechaçou.

Avaliação de gestões estadual e federal

Embora não diga não gostar da discussão entre direita e esquerda, quando perguntado sobre uma avaliação que faz das gestões de Elmano de Freitas e Lula, ambos do PT, Geraldo não deixou de fazer muitas críticas.

"Acha que ambas são muito ruins, deixam muito a desejar. O que a gente espera é que venha para Fortaleza agora um projeto diferente. Eu não estou falando isso pessoalmente em relação a ninguém. No governo federal, se a gente for avaliar, a gente tem tido perdas significativas, a situação fiscal do país preocupa muito, porque ela é base para que você tenha crescimento sustentável no país. Eu acho que temos que pensar agora isso, quem tem as melhores condições de reunir equipe, projeto e, efetivamente, melhorar a vida da população. Isso é que o povo quer", avaliou.

Para ele, a questão fiscal é algo que precisa ser melhorado nas gestões dos petistas citados.

"Em ambas você tem pouco compromisso com a questão fiscal. Temos visto os números do Estado do Ceará piorando em todos os aspectos, o aumento do endividamento, fazendo rolagem de dívidas, que é simplesmente deixando dívidas para gerações futuras. Um custo cada vez maior com a gestão pública, administrações muito aparelhadas. Você poderia ter muito mais eficiência na administração. Na questão federal, as estatais começando a apresentar resultados negativos, todas elas. Estamos muito longe de apresentar um modelo eficiente a nível federal e estadual", avaliou.

Afastamento de Camilo

O jornalista Jocélio Leal questionou se houve um afastamento do hoje ministro Camilo Santana (PT), no que Geraldo explicou que as coisas não são bem assim.

"Eu fui muito próximo ao governador Camilo, gosto dele. Não foi só em relação ao Camilo, todos os governos desde Lúcio Alcântara, Tasso Jereissati, eu procurei contribuir com ideias, com pessoas, não deixei de fazer isso com nenhum, nos últimos 30 anos pelo menos, como estou sempre aberto a qualquer um, como cidadão nós temos que contribuir com todo governante que quiser ouvir a nossa opinião. Em algumas vezes eu fui chamado pelo governador Camilo Santana para contribuir, para sugerir. Acho que em todos os momentos, as ideias, sugestões e observações que fiz ao governo dele, foram muito positivas para o Governo do Ceará, como também em alguns momentos junto ao prefeito, mas eu não me aproximei e nem me afastei de ninguém, quando chamado, eu lá estive e quando não chamado, não pude estar lá. Foi só isso", concluiu.

 

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