As movimentações nos bastidores da base governista aumentam a cada dia de olho na sucessão da presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Mas não é só a situação que tem se articulado. A oposição também está se mexendo.
Nos últimos dias, um grupo de deputados estaduais começou tratativas para viabilizar uma chapa própria para a Mesa Diretora da Casa. De acordo com eles, já conseguiram formar um bloco de 11 nomes, passando do mínimo de 10 necessários para formalizar uma candidatura.
Segundo deputados, os próprios parlamentares mais ligados à base chegaram a perguntar como está o andamento da construção da oposição. Embora não se tenha os nomes citados, há defesas de que seja uma mulher a candidata à presidência da Alece pelo bloco.
Tal articulação ocorre com os deputados estaduais visando mais espaço na Casa com temas principais, como as emendas parlamentares impositivas, maior redistribuição de vagas em comissões respeitando as cotas dos partidos.
Além disso, os parlamentares defenderam que uma opção oposta ao que o governo deve indicar terá maior aceitação dos pares. Uma possível indicação de um deputado do PT, por exemplo, teria mais rejeição e não é vista com bons olhos. Já no caso de ser alguém do PDT, o diálogo seria mais fácil.
A Assembleia cearense escolherá até o fim do ano quem presidirá a Casa pelo próximo biênio. O atual presidente, Evandro Leitão (PT), prefeito eleito de Fortaleza, deve ter participação de peso no processo de escolha.
Assim como ele, outras lideranças estaduais também serão ouvidas e terão influência para a indicação. São eles: o governador Elmano de Freitas (PT), o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o senador Cid Gomes (PSB).
São cotados para ocupar a presidência os deputados Fernando Santana (PT), 1° vice-presidente e que assumirá por um mês após a renuncia de Evandro, Romeu Aldigueri (PDT), líder de Elmano, Osmar Baquit (PDT), 2° vice-presidente, Salmito Filho (PDT), secretário do Desenvolvimento Econômico, Sérgio Aguiar (PDT), parlamentar com cinco mandatos, e Guilherme Landim (PDT).