Embora a disputa pelo Senado Federal seja apenas daqui a dois anos, a movimentação estratégia obriga atores políticos locais a antecipar o cenário de 2026, quando duas vagas estarão abertas para o estado — a restante tem validade até 2030.
Apenas na base aliada, há pelo menos quatro nomes diretamente interessados: José Guimarães e Luizianne Lins, do PT, Cid Gomes, do PSB, e Eunício Oliveira, do MDB.
Ambos deputados federais, Guimarães e Luizianne devem travar corrida interna pela indicação para o Legislativo. Ex-governador, Cid não manifestou claramente interesse em renovar mandato. Eunício, por sua vez, tem feito saber que gostaria de retornar à Casa.
Ex-senador, o emedebista já presidiu o Congresso Nacional, função à frente da qual postulou recondução em 2018, mas acabou perdendo a cadeira para Eduardo Girão (Novo).
Eleito na onda bolsonarista daquele ano, quando Jair Bolsonaro se tornou presidente da República, o empresário chegou ao Senado após superar Eunício por fração mínima
de votos.
Para 2026, contudo, suas chances seriam menores, tanto por questões de visibilidade - exerceu mandato sem grandes atrativos, salvo participações em CPIs — quanto de contexto político, com a maré agora mais favorável para nomes ligados ao presidente Lula, principalmente no Ceará.
Com o inédito alinhamento entre Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza e Governo Federal, aos quais se junta Camilo Santana no Ministério da Educação, qualquer quadro encampado pelo bloco aliado deve ter força suficiente para obter sucesso nas urnas.