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Explosões atingem Praça dos Três Poderes; um homem morre
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Explosões atingem Praça dos Três Poderes; um homem morre

| Brasília | Artefatos explodiram em frente ao STF e no estacionamento da Câmara. Homem que morreu teria tentado entrar no prédio da Corte antes dos detonamentos
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ÁREA da Praça dos Três Poderes foi evacuada e PF investiga o caso (Foto: EVARISTO SA / AFP)
Foto: EVARISTO SA / AFP ÁREA da Praça dos Três Poderes foi evacuada e PF investiga o caso

Pelo menos duas explosões acontecerem na noite de ontem nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Uma na Praça dos Três Poderes, em frente ao prédio da Corte, e outra dentro de um carro num estacionamento próximo ao anexo IV da Câmara dos Deputados. Os artefatos teriam sido detonados com intervalo de aproximadamente 20 segundos entre um e outro.

Um homem morreu durante as explosões. O catarinense Francisco Wanderley Luiz, 59. Conhecido como "Tiu França", ele foi candidato pelo PL em 2020 ao cargo de vereador do município de Rio do Sul (SC). Ele é o dono do carro que explodiu com os artefatos acionados. A informação foi confirmada ao O POVO por fonte do Governo do Distrito Federal.

Ainda segundo o governo do DF, o homem teria estacionado o carro próximo ao anexo IV da Câmara, acionado os explosivos que estavam no veículo e se dirigido ao STF. Lá, a suspeita é de que ele teria tentado subir a rampa que dá acesso ao edifício-sede da Corte Suprema. Ao ser barrado, atirou uma bomba na Estátua da Justiça, localizada na Praça dos Três Poderes, se deitou e acionou outro artefato, que o atingiu.

Uma hora antes da explosão, ele fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional. Em seu perfil no Facebook, Luiz reproduzia teorias conspiratórias anticomunistas como o QAnon, populares na extrema direita americana.

Meses antes, ele visitara o STF, ocasião em que tirou uma selfie no plenário da Corte. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro", comentou. A ida foi no dia 24 de agosto.

Em entrevista no Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF), a governadora em exercício Celina Leão (PP) evitou confirmar a identidade do homem que morreu após explosões em frente ao prédio do STF. Segundo ela, ainda havia bombas amarradas ao corpo que, até o fechamento desta página, não havia sido retirado do local. Ela anunciou que a Praça dos Três Poderes permanecerá isolada até que se tenha garantia de segurança na área.

O porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal, Major Raphael van der Broocke, disse em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que provavelmente há vínculo entre o carro que explodiu no estacionamento da Câmara dos Deputados e a pessoa que morreu na Praça dos Três Poderes.

Após as explosões, o acesso à Praça foi fechado e o policiamento reforçado. Equipes de varredura foram enviadas ao local. Agentes da Polícia Federal também foram deslocados para as proximidades dos prédios do Congresso e do STF.

Em nota, o Supremo falou em duas explosões. "Ao final da sessão desta quarta-feira (ontem), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.

A Câmara dos Deputados decidiu interromper a sessão mais de uma hora após o incidente na Praça dos Três Poderes. Os parlamentares discutiam a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para igrejas. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia a sessão, pediu aos colegas que permanecessem no plenário até terem a informação de que era seguro sair do prédio.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o caso deve ser apurado com a urgência necessária. Por meio de nota, ele também repudiou qualquer ato de violência.

O presidente Lula estava reunido com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, no momento em que ocorreram as explosões na Praça dos Três Poderes. O encontro ocorria no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

Segundo a colunista do G1 Daniela Lima, Lula se reuniu no Alvorada após as explosões com Andrei e com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. (com agência Estado)

 

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