As três explosões próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Câmara dos Deputados geraram reações diferentes no Governo Federal e no Governo do Distrito Federal. Assim que confirmadas as tentativas de explodir a Estátua da Justiça e um carro nas imediações do Congresso Nacional, o advogado-geral da União, Jorge Messias, em postagem nas redes sociais, classificou os atos como "ataques".
“Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da Praça dos Três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como restabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, afirmou Messias.
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), foi mais cautelosa e preferiu classificar o ato como suicídio. “A informação preliminar que temos é de um suicídio e não um ato de ataque. Para termos um ataque, precisamos ter, no mínimo, duas pessoas. Algo que não ocorreu”, disse Celina Leão. A Polícia
Informações extra-oficiais apontam que o autor seria Francisco Wanderley Luiz. Conhecido como "Tiu França", ele foi candidato pelo PL em 2020 ao cargo de vereador do município de Rio do Sul (SC). Ele é o dono do carro que explodiu com os artefatos acionados. A informação foi confirmada ao O POVO por fonte do Governo do Distrito Federal.
Ele teria estacionado o carro próximo ao anexo IV da Câmara dos Deputados, acionado os explosivos que estavam no veículo e se dirigido ao STF.
Lá, a suspeita é de que ele teria tentado subir a rampa que dá acesso ao edifício-sede da Corte Suprema. Ao ser barrado, ele atirou uma bomba na Estátua da Justiça, localizada na Praça dos Três Poderes, se deitou e acionou outro artefato, que o atingiu.