Capitão Wagner afirmou que a continuidade dele na presidência do União Brasil no Ceará está pacificada. Nesta quarta-feira, 27, a bancada de deputados federais cearenses se reuniu com o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, em meio a especulações de que o deputado federal Júnior Mano (sem partido) estaria interessado em ocupar o posto de Wagner.
Ao O POVO, Wagner confirmou que houve conversas entre o deputado federal com a executiva do União Brasil, mas ressaltou que a presidência estadual "não está disponível para ser negociada".
"Está pacificado que eu continuo na presidência estadual do partido, apoiado pelos quatro (deputados) federais, pelos quatro estaduais e pelos prefeitos. E logicamente que a gente está conversando com quem quer vir pro União Brasil e a gente está muito aberto ao diálogo, mas a presidência estadual foi eleita e por conta disso não tá disponível para ser negociada", declarou.
"Na verdade houve convite para o deputado Júnior Mano vir para o partido. O convite foi da Nacional e o deputado teve interesse. Chegou a conversar com a Nacional, chegou a conversar inclusive comigo de forma muito respeitosa e a gente disse para ele que nenhuma decisão seria tomada sem discutir com o presidente da nacional até para saber qual é o projeto do União Brasil para o Ceará", completou.
Capitão Wagner também destacou que o partido pretende aumentar a sua bancada federal e estadual, que hoje conta com quatro deputados em cada âmbito. Para isso, ele afirma que tem dialogado com pessoas interessadas em integrar a sigla.
"Acho que a gente vai ter nos próximos meses algumas adesões bem importantes de filiações ao partido. E com isso a gente tem chance de aumentar a bancada. Hoje a gente tem quatro estaduais e acho que a gente pode chegar a seis e federais e até apostar de chegar a cinco", afirmou.
Questionado sobre quem seriam os nomes, Wagner foi cauteloso e explicou que adiantar poderia atrapalhar as negociações, mas disse que irá ter um almoço com "uma pessoa importante" e podem "bater o martelo" para filiação do citado e de um grupo.
"A gente não pode adiantar porque pode atrapalhar até a negociação. Amanhã inclusive eu tenho um almoço com uma pessoa importante que pode bater o martelo pra vir e trazer um grupo. Então a gente está conversando, mas com muita responsabilidade. Não tem restrição a ninguém, mas também a gente não pode aceitar condições que o grupo não acolha", declarou.
Apesar de não citar na ocasião, Wagner já confirmou em outra oportunidade que convidou o ex-prefeito Roberto Cláudio, hoje no PDT, para se filiar ao União Brasil. Membros pedetistas ligados ao ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) podem estar de saída.
Além disso, o ex-candidato à Prefeitura de Fortaleza ressaltou a importância do União Brasil estar participando de alguma chapa majoritária nas eleições de 2026, sendo a intenção do partido, podendo ter como candidato ele ou outro membro.
"Seja candidato ao governo, a vice, ao Senado. São duas vagas de Senado. Então a gente vai construir isso. Que seja eu ou que seja outro integrante do partido, mas é importante que o União Brasil esteja contemplado nessa chapa majoritária", disse.
Com informações de João Paulo Biage/correspondente do O POVO em Brasília