Passada a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) que confirmou Romeu Aldigueri (PDT) como presidente para o biênio 2025/2026, outra questão ainda está aberta no meio político: a indicação para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Ceará.
De acordo com Aldigueri, tal escolha cabe exclusivamente ao governador Elmano de Freitas (PT) e não de membros da Casa. O deputado diz acreditar que a indicação possa ser definida ainda neste fim de ano.
"A vaga é exclusiva do governador. Muita gente acha que é da Assembleia, mas não é. A indicação dessa vaga é do governador. O governador está estudando e eu acredito que ainda possa indicar ainda neste mês de dezembro, antes do fim do exercício do Legislativo deste ano", afirmou ao O POVO nessa terça-feira, 3, após entrevista à Rádio O POVO CBN e à Rádio O POVO CBN Cariri.
O TCE é composto por sete conselheiros. Quatro são escolhidos pela Alece. Três são indicados pelo governador, e aprovados pelo Legislativo. Das indicações do chefe do Poder Executivo, um deve ser escolhido entre os auditores do tribunal e um entre os integrantes do Ministério Público de Contas que atua junto ao TCE. O terceiro é de livre escolha.
Questionado se a escolha de Elmano seria Onélia Santana, secretária da Proteção Social do Estado, casada com o ministro Camilo Santana (PT), Romeu afirmou não ter conversado com o governador sobre o tem, mas considera a ex-primeira-dama do Ceará como um "grande nome".
"Eu não sei (se Onélia será indicada). Eu não tratei isso com o governador, mas é um grande nome. Pessoa tarimbada, faz um trabalho extraordinário reconhecido hoje na América Latina toda em relação ao programa Primeira Infância. Mas eu não tratei isso com ele", completou.
Nos bastidores da Alece, uma ala trata a indicação de Onélia para o posto como certa. Por sua vez, a secretária afirmou há um mês que se trata de "especulação". Fernando Santana (PT), cunhado da ex-primeira-dama também despistou.
"Eu não soube de nenhuma indicação da Onélia (para o TCE). Pra mim isso é uma grande especulação. Não sei nem da onde partiu, nunca nem ouvi esse assunto nem no Palácio (da Abolição) e nem nessa Casa (Assembleia Legislativa do Ceará)", disse Fernando na reinauguração do Plenário 13 de Maio após incêndio.