Após dois pregões seguidos de baixa, o dólar à vista voltou a subir com força ontem e encerrou na casa de R$ 6,18, segundo maior valor nominal de fechamento da história. O Banco Central, que na semana passada interveio pesadamente no mercado cambial, desta vez não atuou.
Em dia de fortalecimento global da moeda americana no exterior e de fluxo de saída de recursos típica de fim de ano, o real apresentou o pior desempenho entre divisas emergentes. Operadores atribuem a fraqueza da moeda brasileira ao desconforto com o quadro fiscal e à nova rodada de piora das expectativas de inflação no Boletim Focus.
Há receio de dificuldades de articulação no Congresso após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, voltar a suspender distribuição de emendas de comissão previstas até o fim de ano.