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Naumi diz que Enel pode cortar energia da Prefeitura por dívida
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Naumi diz que Enel pode cortar energia da Prefeitura por dívida

| CAUCAIA | Prefeito disse que foi notificado de cobrança de R$ 3,9 milhões oara ser paga até o dia 29 de janeiro
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PREFEITO de Caucaia, Naumi Amorim foi empossado no último dia 1º (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS PREFEITO de Caucaia, Naumi Amorim foi empossado no último dia 1º

O prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), publicou nas redes sociais a imagem que mostra uma notificação de cobrança da Companhia Enel à Prefeitura de Caucaia, de valores relativos à gestão anterior, do ex-prefeito Vitor Valim (PSB). O valor devido, conforme a notificação, é de R$ 3,9 milhões. Segundo o novo prefeito, se o valor não for quitado, órgãos municipais ficarão sem energia a partir de 29 de janeiro.

Ainda na postagem, Naumi diz pede para que a população não se preocupe com a situação, pois a gestão já estaria trabalhando para resolver o problema.

Segundo o prefeito, ele determinou que o secretário de Finanças do Município, Carlos Eduardo dos Santos Marino, entre em contato com a companhia para negociar a dívida "" garantir o pleno funcionamento dos nossos órgãos e serviços públicos para que o caucaiense não seja prejudicado", disse o prefeito em postagem.

Desde que tomou posse, na semana passada, Naumi tem feito queixas sobre a situação financeira do Município. Em entrevista coletiva, ele apontou que herdou dívida de R$ 681 milhões, e ressaltou que o valor supera o que foi sorteado naquela mesma semana na Mega da Virada.

Tendo a situação financeira como argumento, o prefeito decretou contingenciamento — bloqueio — de gastos do Município por seis meses. O decreto estabelece corte de 25% do valor dos contratos administrativos, como prestação de serviços de assessorias, consultorias e administrativos, locação de veículos, máquinas e equipamentos similares.

Também determina redução de 50% em contratos temporários de pessoal, concessão de horas extras e diárias, passagens aéreas e terrestres, hospedagens, refeições e lanches e realização de despesas com eventos festivos e similares.

O contingenciamento atinge ainda despesas como material de consumo e expediente.

Foram preservados do contingenciamento os gastos de seotres considerados essenciais: segurança comunitária; coleta de lixo, iluminação pública; transporte escolar, de pacientes, de profissionais de saúde; cuidados e proteção à saúde animal; defesa civil; cuidados com crianças, adolescentes, idosos e outras faixas etárias que careçam de atenção especial. Também foram preservados gastos com Carnaval, por já estarem previstos e "em virtude de tratar-se de evento inserido no calendário cultural do Município e do País".

O POVO tentou contato com o ex-prefeito Vitor Valim, mas não houve retorno até o fechamento desta notícia. No fim de semana, ele havia rebatido as queixas do atual prefeito sobre endividamento. Valim havia declarado que não tinha contraído nenhum empréstimo e que recebeu do próprio Naumi, na passagem anterior pela Prefeitura, dívida de R$ 480 milhões de financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e mais R$ 127 milhões em precatórios.

Naumi foi prefeito de 2017 a 2020, quando perdeu a reeleição para Valim. Em 2024, Naumi foi eleito mais uma vez, quando Valim não concorreu à reeleição e apoiou Waldemir Catanho (PT), derrotado no segundo turno pelo atual gestor.

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