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Com prefeito foragido, MPCE pede suspensão de contrato
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Com prefeito foragido, MPCE pede suspensão de contrato

Empresa é uma das investigadas no inquérito da Polícia Federal que levou ao pedido de prisão do prefeito eleito Bebeto Queiroz
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CONTRATO é alvo do Ministério Público do Ceará (MPCE) (Foto: MPCE/divulgação)
Foto: MPCE/divulgação CONTRATO é alvo do Ministério Público do Ceará (MPCE)

O Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou que a Prefeitura de Choró, município a 187 quilômetros de Fortaleza, suspenda contrato de empresa que realiza o transporte escolar municipal de ensino fundamental e médio por suspeita de superfaturamento e irregulares.

A empresa é a Cariri Edificações, Serviços e Conduções Eireli e o valor do contrato é de R$ 3.198.309,76. O documento foi expedido na quarta-feira, 8, pelo promotor Aureliano do Nascimento Barcelos.

O prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), está com mandado de prisão preventiva em aberto e é considerado foragido por suspeita da relações com grupos criminosos e crimes eleitorais. O vice dele, Bruno Jucá (PRD), também teve cassação requerida. O prefeito em exercício é o presidente da Câmara Municipal, Paulo George Saraiva (PSB).

Bebeto e o vice são alvos da operação "Vis Occulta", da Polícia Federal (PF), que investiga a compra de votos nas eleições municipais, e da operação "Ad Manus", do MPCE, que investiga atos ilícitos de contratos de prestação de serviço de abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró. A Cariri Edificação é justamente uma das empresas investigadas no inquérito.

O promotor também recomenda que os veículos que prestam o serviço sejam vistoriados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) até esta sexta-feira, 10. Em caso de descumprimento, autoridades podem ser alvos de ações cíveis.

Entre os problemas apontados no contrato estariam sublocação superior à permitida no contrato em veículos de propriedade de pessoas ligadas a políticos; maioria dos veículos com mais de 15 anos de fabricação, alguns quase 30 anos de uso, e veículos que não correspondem aos previstos no contrato ou à quantidade paga.

As investigações mostram indícios de que os valores utilizados para a compra de votos foram obtidos por meio de um esquema de caixa 2, envolvendo contratos públicos. (Colaborou Marcelo Bloc)

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