O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirma não ter se importado com as citações ao seu nome em recente pesquisa eleitoral para a Presidência da República, publicada pelo Instituto Paraná.
"Todo o meu foco e minhas energias estão hoje para ajudar o presidente e ajudar o Brasil na educação, no Ministério. Estou me dedicando muito, com muita energia, com muito foco. Esse é o meu objetivo", respondeu o ex-governador do Ceará ao O POVO.
Questionado se os quase 7% não lhe trazem sequer uma "vaidadezinha", Camilo reafirmou que Lula concorrerá à reeleição. "O meu candidato à reeleição chama-se Luiz Inácio Lula da Silva", encerrou o assunto.
Foram simulados 12 cenários da disputa presidencial de 2026. Camilo é incluído em um deles como candidato do PT. Ele foi testado em cenário sem Lula e sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nessa situação, o ex-governador Ciro Gomes (PDT), ex-aliado e hoje adversário de Camilo, e o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) empatam na liderança, com 27,8%. Ronaldo Caiado (União Brasil) tem 8,8%, fica com 6,9% e Helder Barbalho (MDB), 3,1%.
Tal como Camilo, os nomes mais proeminentes do PT têm enfatizado que o candidato do partido a presidente em 2026 será Lula. Entre eventuais opções, Camilo é mencionado. Outros petistas incluídos na pesquisa são o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concorreu a presidente em 2018, quando Lula estava preso, e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Haddad é o petista, com exceção de Lula, a aparecer com mais força, em torno de 18% em dois cenários. Gleisi tem 8%.
O levantamento também mostra um empate técnico entre Lula e Bolsonaro. Em um cenário onde o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) também é candidato, o petista tem 34% das intenções de voto e o ex-presidente aparece com 33,9%.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece em três cenários propostos pela Paraná Pesquisas. Em um hipotético primeiro turno onde Lula é candidato, Michelle fica atrás do petista, mas, em um segundo turno, ela empata com o presidente.
O instituto Paraná ouviu 2.018 eleitores entre os dias 7 e 10 de janeiro. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.