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Wagner critica comando após assassinato
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Wagner critica comando após assassinato

Subtenente foi assassinado quando saía de casa de madrugada para trabalhar
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SUBTENENTE Ricardo, assassinado na madrugada de quarta (Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO)
Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO SUBTENENTE Ricardo, assassinado na madrugada de quarta

O ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) e o deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil) fizeram duras críticas ao combate à violência no Estado do Ceará, por parte do governador Elmano de Freitas (PT), e bateu em particular no comandante geral da Polícia Militar, coronel Klênio Savyo Nascimento de Sousa.

Em transmissão ao vivo, na noite desta quarta-feira, 15, realizada no bairro Pirambu, os dois estiveram no bairro Pirambu, no exato local onde o subtenente Ricardo foi assassinado com diversos tiros.

"Para finalizar o ato, os bandidos cravaram uma faca na nuca do policial já morto, para dizer 'Estado, vocês estão desmoralizados. Estado, aqui quem manda é o crime'", acrescentou Wagner.

Ex-candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão afirmou que, infelizmente, virou rotina o assassinato de policiais no Estado do Ceará. "Ano passado foram 15, já tivemos uma tentativa de assassinato outro dia e agora esse crime. A tropa está cabisbaixa", afirmou.

O coronel Klênio foi alvo de duras críticas por parte de Capitão Wagner. "Eu tenho vergonha do comando da Polícia Militar. É o pior comando da história da PM, nunca vi um comando tão omisso, tão fraco, um comando que só defende o governo. O grande representante da Polícia Militar deveria ser o comandante, mas nós não temos representação, só temos alguém que só diz amém e que não protege seus policiais, portanto, peço perdão, não é digno de ter as estrelas no ombro que tem", exclamou, afirmando ser este o sentimento de toda a corporação.

Wagner disse que o policial morava em uma área de risco e saía de madrugada quando foi abordado por bandidos. "Ele precisava de uma remuneração extra para a família porque o salário não dá para viver em outra realidade", explicou.

Reginauro lembrou que o policial tinha mais de 30 anos de serviço, com tempo para se aposentar. "Lamentavelmente perdeu sua vida, indo fazer um extra, porque não consegue viver apenas com o salário que recebe um subtenente em final da carreira", lamentou.

A dupla cobrou uma resposta à sociedade e à família da vítima e criticou o governador. "Ano passado, ano eleitoral, houve um discurso muito forte do governador, afirmando que bandido seria tratado como bandido. Mas bandido é tratado no Ceará como rei. Quem é tratado como bandido aqui é o cidadão de bem, que tem que ficar trancado, é o policial, que não consegue trabalhar", bradou Wagner.

O POVO entrou em contato com a Polícia Militar sobre o caso, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.

 

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