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Semana decisiva para eleições na Câmara e no Senado
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Semana decisiva para eleições na Câmara e no Senado

Congresso Nacional escolhe novas mesas diretoras no próximo fim de semana
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DAVI Alcolumbre deve voltar ao comando do Senado (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil DAVI Alcolumbre deve voltar ao comando do Senado

O Senado Federal e a Câmara dos Deputados definem novos presidentes no próximo sábado, 1º de fevereiro. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve ser alçado ao comando do Senado e do Congresso Nacional, no lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Hugo Motta (Republicanos-PB) é favorito na Câmara dos Deputados.

O rito está previsto para começar às 10 horas, com escolha dos membros da mesa diretora: presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários, além de quatro suplentes.

Hoje, Alcolumbre detém cerca de 70 apoios dos 81 possíveis — são necessários 41 votos para se eleger em 1º turno. A estimativa, porém, é otimista, já que a oposição bolsonarista ainda cogita apresentar um concorrente, mesmo sem apoio formal do PL.

Correndo por fora, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) tenta se viabilizar à chefia da Casa, mas esbarra na própria resistência do grupo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem o parlamentar chegou a discutir na semana passada. Para Bolsonaro, a postulação do aliado era um erro comprável ao cometido pela legenda em 2023, quando lançou Rogério Marinho (PL-RN) ao posto e acabou fora da mesa e das comissões.

Irritado, o ex-mandatário ainda declarou que, sem ele, Pontes sequer teria sido eleito como deputado federal e que sua entrada em campo comprometia os planos do bloco, que é ocupar espaços, tais como a 1ª vice-presidência.

Além de Alcolumbre e Pontes, há também a candidatura do cearense Eduardo Girão (Novo), também sem grandes chances de obter vitória.

Apoiado pelo PT, PL, União, Republicanos e PSD, Alcolumbre, que já presidiu o Senado entre 2019 e 2021, carrega a chancela do Planalto. Para líderes do governo, trata-se de continuidade da gestão de Pacheco, hoje um aliado do presidente Lula (PT) — alguns projetam que o atual presidente do Congresso pode eventualmente assumir algum ministério no governo.

Já na Câmara dos Deputados, o cenário é de favoritismo de Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato endossado pelo presidente Arthur Lira (PP-AL). Do PL ao PT, o parlamentar somaria cerca de 15 partidos, cujas bancadas chegam a 450 dos 513 deputados.

Na Casa, conforme o regimento interno, o mínimo necessário para se eleger é de 257 deputados.

Um ponto, contudo, deve causar tensão em sua base: a pauta da anistia aos condenados nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Sob compromisso de não levar adiante essa discussão, Motta conseguiu arregimentar os votos de deputados do PT e de outras siglas que dão sustentação ao Governo, sobretudo as de esquerda.

Para os bolsonaristas que embarcaram na sua campanha, no entanto, a condição para apoiá-lo era precisamente que desse aval ao debate sobre a anistia, da qual Bolsonaro pretende se beneficiar.

Condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente está inelegível até pelo menos 2030. Bolsonaro espera contar então com aliados para reverter esse quadro.

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