A Justiça Eleitoral anulou todos os votos do partido Progressistas (PP) de Bela Cruz por fraude à cota de gênero. Além disso, estabeleceu a cassação dos diplomas e registros de candidatos eleitos e suplentes.
Com isso, será necessária retotalização dos votos e redistribuição das vagas de vereadores do município distante 231 quilômetros de Fortaleza. A decisão judicial também decretou a inelegibilidade por oito ano das duas candidatas e do dirigente partidário, Professor Fernando.
Conforme a Promotoria da 96ª Zona Eleitoral, uma das envolvidas é parente do presidente do PP de Bela Cruz, que foi candidato a prefeito, mas não se elegeu.
A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou serem fictícias duas das cincos candidaturas femininas lançadas pelo PP de Bela Cruz. Elas obtiveram votação inexpressiva e receberam poucas doações para campanha, sendo uma de R$ 120 e a outra R$ 103,50.
Conforme o órgão ministerial, as postulações foram colocadas apenas para atingir percentual mínimo de 30%.
Em Bela Cruz, o PP elegeu dois dois vereadores: Franklin Mendes e Serginho Angelo. A lista de suplentes contém 12 candidatos. As mulheres são Franciele Cruz, Helany Moreira, Lala dos Animais, Marta Freitas e Socorro Souza.
Em nota nas redes sociais, Professor Fernando informou que o diretório entrou com recurso e que os vereadores "continuarão no cargo até o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE)".