Pesquisa Latam Pulse, iniciativa colaborativa entre a AtlasIntel e a Bloomberg, mensurou a percepção de cinco países latino-americanos sobre a gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apontou que os latinos são, geralmente, pessimistas quando questionados sobre o impacto da nova administração da Casa Branca em seus países.
O levantamento ouviu distintas quantidades de pessoas em cinco países-chave da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. A consulta ocorreu entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%
A Latam Pulse fez o seguinte questionamento: “Na sua opinião, o impacto da Presidência de Donald Trump no seu país será positivo ou negativo?”.
No Brasil, a expectativa negativa supera a positiva (40% vs 35%). Os países mais pessimistas são México e Chile; sendo que os mexicanos enfrentam questão histórica relacionada a imigrantes irregulares e deportações em massa na fronteira com os Estados Unidos, que Trump já fechou assim que assumiu o mandato presidencial.
Na Colômbia, onde a pesquisa aponta para um empate técnico entre aqueles que acreditam que os efeitos da gestão americana serão positivos ou negativos, o levantamento mostra a população mais otimista em relação a Trump (43%). Já os chilenos são os menos otimistas em relação ao governo Trump, com apenas 10% dos entrevistados esperando algo positivo vindo de Washington.
Apesar do sentimento de pessimismo ser majoritário, a pesquisa constatou que o entendimento predominante entre os países supracitados é de que seus respectivos governos devem buscar uma relação tão próxima quanto possível com os Estados Unidos.
Nesse sentido, a Latam Pulse perguntou aos entrevistados: "Você acredita que o governo nacional deve buscar uma relação próxima com os Estados Unidos?". Os colombianos (82%) e brasileiros (61%) são os que mais entendem que a proximidade deve ser buscada pelos governantes locais. Já a Argentina foi o único, dentre os cinco países, onde os que não são entusiastas de maior proximidade com os EUA superaram, numericamente, aqueles que defendem uma relação mais próxima com os norte-americanos.
Foram ouvidas 1.748 pessoas na Argentina; 3,125 pessoas no Brasil; 2,010 pessoas no Chile; 2,563 pessoas na Colômbia; e 2,645 pessoas no México; por meio de Recrutamento Digital Aleatório. A pesquisa aferiu também a imagem dos Estados Unidos e de Donald Trump nos cinco países. Em regra, a imagem de Trump é pior que a do País, com exceção do México.