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Bolsonaro afirma ter votos para anistia ao 8/1 e se diz tranquilo sobre possível denúncia
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Bolsonaro afirma ter votos para anistia ao 8/1 e se diz tranquilo sobre possível denúncia

Ex-presidente esteve reunido com senadores da oposição e conversou com a imprensa na saída do evento. Bolsonaro criticou ainda a Lei da Ficha Limpa
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BOLSONARO e mais 33 foram denunciados pela PGR (Foto: EVARISTO SA / AFP)
Foto: EVARISTO SA / AFP BOLSONARO e mais 33 foram denunciados pela PGR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 18, estar tranquilo quanto à possibibilidade de ser denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), sob acusação de liderar trama golpista em 2022.

Em entrevista após encontro com senadores de oposição, Bolsonaro avaliou ainda já ter votos suficientes na Câmara dos Deputados para aprovar a anistia aos responsáveis pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Denúncia da PGR

Bolsonaro disse estar tranquilo quanto à possibilidade de a PGR denunciá-lo, o que é possível que ocorra nos próximos dias. "Eu não tenho nenhuma preocupação com as acusações. Zero!", afirmou, reclamando não ter tido acesso aos autos da denúncia.

"Espero que agora eu tenha acesso aos autos (da denúncia). Você já viu a minuta de golpe? Também não vi. Você viu a delação do (Mauro) Cid? Também não vi. Estou aguardando", acrescentou.

Anistia

O ex-presidente negou que esteja pressionando para anistia em benefício próprio. Ele afirma que nem sequer estava no Brasil e nada tem com o caso, mas diz ser uma prioridade anistiar os acusados, pois muitos inocentes estão presos.

Bolsonaro disse acreditar que há votos suficientes para aprovar a anistia. "Eu acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia. Conversei com eles (presidentes da Câmara e do Senado) e (a ordem) é cumprir o regimento. Se conseguir assinaturas para a urgência, é votado o requerimento e, se for aprovado, entra em pauta. Eu não fiz um pedido específico, o pedido é seguir o regimento. E como o próprio Hugo Motta diz, não podemos ignorar pauta do maior partido aqui da Câmara", argumentou.

Ilegibilidade

Bolsonaro voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e criticou a decisão da Justiça Eleitoral que o tornou inelegível.

"Por que que eu estou inelegível na Justiça Eleitoral? Por me reunir com embaixadores? Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, igual o Lula fez lá atrás. A outra, porque eu discursei no 7 de setembro? Eu usei os meios do 7 de setembro para falar com os eleitores? Acabou o desfile, entreguei a faixa e fui falar com o povo. Isso é motivo de ilegibilidade, ou eles querem negar a democracia e me proibir de disputar eleição? Estão com medo de quê? A pesquisa hoje me dá 5% à frente do 9 dedos. Está inclusive a Dona Michelle na frente dele. É sinal que ele está derretendo, é um incompetente. O povo está sofrendo, está vendo que tem que mudar. O TSE trocou (o presidente) e o povo está vendo que não deu certo", afirmou, fazendo referência à queda de popularidade de Lula, apontada em recentes pesquisas de opinião.

Lei da Ficha Limpa

O ex-presidente criticou a Lei da Ficha Limpa e argumentou que nos Estados Unidos não há uma lei equivalente, o que permitiu que Donald Trump disputasse as eleições.

"A Lei da Ficha Limpa está sendo usada para perseguir a direita e beneficiar a esquerda. A Dilma (Rousseff) foi cassada aqui, acharam uma gambiarra e a tornaram inelegível. O Lula tiraram da cadeia e anularam os três processos dele, dois já o tornariam inelegível e ele foi disputar eleição. Sérgio Cabral está elegível. Esperaram mudar dois ministros do STF para colocar em pauta a inelegibilidade", afirmou.

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