O terceiro avião de repatriados que chegou dos Estados Unidos ao Brasil pousou em Fortaleza nesta sexta-feira, 21, com 94 passageiros. Entre as situações identificadas estão famílias separadas, com parte dos membros deportados e outros não, e até uma criança nascida nos Estados Unidos.
Novamente foi detectado o uso de algemas nos passageiros, retiradas quando o avião ingressou em solo brasileiro. Porém, mulheres e crianças não vieram algemadas, de acordo com Edilson Santana Gonçalves Filho, defensor regional de Direitos Humanos (DRDH) no Ceará da Defensoria Pública da União (DPU).
Ele conta que famílias chegaram separadas, com crianças na presença da mãe, mas cujo o pai permaneceu em solo americano ou o caso contrário, o pai foi deportado e a mãe e os filhos permaneceram nos Estados Unidos. Ao todo foram nove crianças no voo.
Ainda segundo Edilson, uma criança nascida em território dos Estados Unidos, filha de brasileiros, foi deportada. Ela não possui qualquer documento brasileiro e chegou com visto de turista. A idade não foi confirmada.
"Essa situação envolvendo crianças, envolvendo algumas famílias, é o que tem chamado nossa atenção. Inclusive um caso de uma criança que é americana. Ela nasceu nos Estados Unidos, não tem documento brasileiro, não se cadastrou no consulado e entrou com visto de turista. Isso quer dizer que os Estados Unidos deportaram uma americana para o nosso país, que é uma questão que nos preocupa sob o ponto de vista jurídico", afirmou.