O PDT abriu diálogos para eventual formação de federação ou de outro modelo. Entre as legendas com as quais trata estariam o PSDB, o PSB e o Solidariedade. O presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, admitiu à Folha de S.Paulo que há conversas em andamento, mas questionou o modelo de federação e lembrou dos exemplos recentes que tiveram pouca ou nenhuma efetividade.
Eventual agrupamento do PDT com o PSB passaria ainda por uma questão local, mas com repercussão nacional, envolvendo o Ceará.
Isso porque os irmãos Ciro Gomes (PDT) e Cid Gomes (PSB) estariam novamente sob um mesmo guarda-chuva político, o que parece improvável desde o racha estadual na eleição de 2022, quando disputa interna rachou aliança estadual e, posteriormente, gerou divergência no próprio PDT, que viu grande parte dos parlamentares com mandato no Estado migrarem para o PSB.
A federação entre PDT e PSB chegou a ser considerada seriamente, mas foi atrapalhada pela eleição em Fortaleza. O PDT cobrava apoio à candidatura de José Sarto à reeleição em Fortaleza como condição para a federação e para o apoio à reeleição de João Campos no Recife. Mas, como o PSB apoiou Evandro Leitão (PT), o PDT interrompeu as conversas da federação. Na campanha, não apoiou nenhum candidato a prefeito e não lançou candidaturas a vereador.
Outra possibilidade cogitada para o PDT foi federação com o PSDB — que, entretanto, prioriza hoje outras opções. E houve sinais do PT de que gostaria de ter o PDT na federação.