Após, pelo menos, sete reuniões entre gestão e servidores, incluindo a anterior, em fevereiro, com a presença do próprio prefeito Evandro Leitão (PT), a Prefeitura de Fortaleza propôs um reajuste geral de 4,83% para os servidores municipais.
Segundo a proposta, o índice seria parcelado em duas vezes. Na folha de pagamento de junho entram 2% e na de dezembro, os 2,83% restantes.
"Desde o primeiro diálogo com as entidades, estamos sendo claros sobre a situação financeira e fiscal que recebemos. A magnitude do problema não é retórica. Então fizemos um esforço para chegar nessa proposta que cabe dentro das nossas possibilidades", explica o secretário municipal das Finanças, Márcio Cardeal, que se reuniu com sindicatos que representam os servidores, ao lado da secretária do Planejamento, Orçamento e Gestão, Carolina Monteiro, na tarde da última terça-feira, 11, no Paço Municipal.
Segundo a gestão, que afirma ter recebido uma dívida pública no valor de R$ 4,6 bilhões do governo antecessor, o cenário do município exige cautela e austeridade para garantir a continuidade dos serviços públicos para a população e o cumprimento dos pagamentos essenciais, incluindo a própria folha de pagamento.
Em publicação nas redes sociais do Sindifort, o sindicato afirma que a Gestão Evandro propôs "reajuste parcelado e sem retroatividade, que representa perda salarial", e que a proposta foi "prontamente rejeitada pelos dirigentes presentes a reunião". A pedida da categoria é de reajuste geral de 6,27% com retroatividade a janeiro deste ano.
Segundo Augusto Monteiro, secretário-geral do Sindifort, a proposta realmente não agradou à classe. "De imediato, o conjunto dos dirigentes sindicais rechaçaram a proposta e acharam a proposta de certo modo desrespeitosa, porque ela não nos traz qualquer grau ou qualquer nível de valorização enquanto servidores", explicou ao O POVO.
Segundo ele, porém, a proposta será discutida em assembleia, que será realizada na próxima sexta-feira, 14, em frente ao Paço Municipal, no Centro.