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Sem cearenses, mais um voo com brasileiros deportados dos EUA pousa em Fortaleza
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Sem cearenses, mais um voo com brasileiros deportados dos EUA pousa em Fortaleza

|Parada|| Com atraso de quase 2h, aconteceu esta manhã a chegada de 80 cidadãos e cidadãs brasileiros
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AVIÃO com brasileiros deportados dos EUA tem pousado em Fortaleza (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA AVIÃO com brasileiros deportados dos EUA tem pousado em Fortaleza

O sétimo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos (EUA) desembarcou em Fortaleza na manhã desta sexta-feira, 25. A chegada do voo estava prevista para as 8h, mas atrasou e acabou pousando por volta das 9h30 no Aeroporto Internacional Pinto Martins.

Desta vez, foram repatriados 80 pessoas - o número anterior passado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) havia sido de 84. Segundo o MDHC, não havia idosos no grupo e apenas uma criança.

Segundo o ministério, maioria do grupo é composta de homens adultos desacompanhados. São 71 homens, oito mulheres e uma pessoa sem sexo definido. Destes, são 69 homens desacompanhados, sete mulheres desacompanhadas e uma pessoa sem informação de sexo também sem acompanhamento. Há ainda três pessoas integrantes de uma mesma família.

Segundo Ricardo Collar, diretor de Promoção dos Direitos Humanos do MDHC, não há dentre os repatriados ninguém com restrições na Justiça. "(Estão) Cansados, alguns um pouco tristes, mas emocionalmente em condições de enfrentar uma nova vida no Brasil. Nós estamos bem otimistas em fazer esse acolhimento, com a colaboração de todos. Os ministérios do Governo Federal, designados pelo presidente Lula e com a colaboração da Secretaria de Estado do Ceará de Direitos Humanos, colaboração indispensável", afirmou à imprensa.

Ainda segundo Collar, 70 repatriados partiram para Belo Horizonte, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Outros 10 ficaram em Fortaleza, para, daqui, deslocarem-se para seus destinos finais. Não havia cearenses ou pessoas com moradia no Ceará no grupo.

Além do MDHC, a operação contou, ainda, com o suporte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que disponibiliza passagens rodoviárias para o deslocamento interno dos repatriados entre os estados, viabilizando o retorno às cidades de origem. A ação é coordenada em parceria com os Ministérios da Saúde (MS), do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), das Relações Exteriores (MRE), da Defesa (MD), e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com apoio da Polícia Federal, Defensoria Pública da União, governos estaduais e das concessionárias aeroportuárias, Fraport Brasil (CE) e BH Airport (MG).

O objetivo foi assegurar um acolhimento digno, humanizado e articulado, oferecendo atendimento especializado e suporte logístico completo. As equipes envolvidas realizaram o acompanhamento dos repatriados desde o desembarque, com encaminhamento às redes de assistência social e serviços de proteção, quando necessário. A operação também entrou em contato com familiares e, em casos específicos, oferta de acolhimento institucional temporário.

“Com essas operações de acolhimento, a Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih) objetiva proporcionar uma recepção humanizada aos brasileiros que chegam ao nosso estado. Em conjunto com o Governo Federal, nossas equipes participam ativamente da operação, articulando kits de alimento, higiene e água, além de dar apoio ao processo migratório e disponibilizar acolhimento psicossocial. Todas as pessoas devem ser tratadas com respeito, e é isso que proporcionamos aos 80 brasileiros que chegaram aqui hoje”, disse Socorro França, secretária dos Direitos Humanos no Ceará.

Este é o sétimo voo com repatriados que chegam ao território nacional depois da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas o sexto que pousa primeiro em Fortaleza. A capital cearense foi escolhida para evitar que os brasileiros percorram o território nacional algemados, além de encurtar a viagem. (Colaborou Rogeslane Nunes/Especial para O POVO)

 

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