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O impacto da federação entre União Brasil e PP para a política cearense
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O impacto da federação entre União Brasil e PP para a política cearense

A Federação União Progressista terá, apenas no Ceará, cinco deputados federais e sete deputados estaduais, entre nomes da base e da oposição
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NOVA federação terá sete deputados estaduais na Alece (Foto: Junior Pio/Alece)
Foto: Junior Pio/Alece NOVA federação terá sete deputados estaduais na Alece

Foi selada nesta terça-feira, 29, a Federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e PP. Definição que trará fortes impactos para a política cearense, tendo em vista que a primeira sigla é de oposição ao governo Elmano de Freitas e a outra integra a base aliada do petista. A nova formação partidária causa ainda reflexos nas eleições de 2026, tendo em vista que o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) tenta viabilizar sua nova candidatura ao Executivo estadual com o apoio dessas duas legendas, já encaminhando, inclusive, filiação ao União Brasil. 

O deputado estadual Heitor Férrer (União) destacou que os partidos somados se transformarão na maior bancada na esfera nacional. Na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), são sete parlamentares, sendo quatro do União e três do PP.

Ele destaca que os partidos estão em lados opostos no âmbito governista, defendendo, assim, a isenção de cada deputado para que se sobressaia às questões regionais e locais.

"Eis o grande nó. Essa salada que se faz termina não vendo as questões regionais, as questões locais e como isso vai ser digerido em forma de programa partidário. Qual a situação do União Brasil aqui que é oposição e do PP que é situação?", questiona Heitor.

"Por isso que eu defendo sempre a isenção. Parlamento não pode ter nem oposição nem situação, porque a oposição muitas vezes odienta vê defeito em tudo, a situação sempre apaixonada não vê defeito em nada. Portanto, a isenção é o caminho. Aquilo que tá certo é apoiar e aquilo que está errado criticar", completou.

Felipe Mota exalta tempo de TV e fundo eleitoral para 2026

Além da maior bancada federal, o União Progressista também disporá do maior tempo de televisão e fundo eleitoral nas eleições de 2026, como apontou o deputado estadual Felipe Mota (União). Ele também falou que a federação promoverá mexidas na política local.

"O União Progressista demandará uma ginástica política. O PP está na base do governador Elmano. O que ocorrerá se nós tivermos um candidato a presidente da República ou se estivermos em uma chapa de vice da centro-direita ou do centro ou com a própria candidatura do governador Caiado? Muda o jogo completamente nos estados", afirmou.

Felipe também declarou que todas as decisões partidárias virão via comando nacional, e não pela força dos dos deputados. Ainda sobre o assunto, diz não ter dúvidas de que o deputado federal e presidente do PP no Ceará, AJ Albuquerque, que é base do Elmano, ficará na sigla.

"O deputado AJ Albuquerque não tenho dúvida que ficará no PP, até porque ele é um progressista de carteirinha, tem a respeitabilidade do Arthur Lira, do Ciro Nogueira. Tenho conversado diversas vezes com ele. Ele entende que tem essa dificuldade na questão estadual, mas a esfera federal fala mais forte", disse.

PP não deverá deixar base de Elmano, diz deputado

O deputado ainda fez um alerta para os que irão se filiar a partidos da federação, afirmando que devem chegar com humildade e discutir com as bancadas para decidirem a melhor estratégia para o bloco. O ex-prefeito Roberto Cláudio é dado como certo para chegar ao União Brasil.

"Agora, já peço aos novos filiados do União Brasil e do PP que cheguem com humildade, discutindo com a bancada federal, discutindo com a bancada estadual qual será a melhor estratégia para nós. Do jeito que nós estamos fazendo e criando, nós vamos a seis deputados federais e nós vamos romper os dez deputados na Assembleia Legislativa do Ceará", enfatizou.

Já Almir Bié (PP), que é base do governador na Alece, reconheceu a federação como bastante positiva visando o fortalecimento a nível estadual e também federal. Segundo ele, o PP não fará oposição ao governo Elmano e os deputados terão isenção.

"As informações que eu tenho é que o PP não seria oposição ao governo Elmano. Já o União Brasil tem outro entendimento. Até porque eu não sou oposição, sou governo. O partido teria liberado a cargo de cada deputado, como é hoje o União Brasil, nós temos o exemplo do deputado Firmo Camurça, ele apoia o Governo e os outros são oposição. Então, o partido não iria radicalizar essas situações", afirmou.

 


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