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Rússia rejeita 'ultimato' diante de pressão para trégua
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Rússia rejeita 'ultimato' diante de pressão para trégua

| Guerra na Ucrânia| Kiev e seus aliados pediram um cessar-fogo
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O presidente russo ignorou o ultimato, propondo negociações "diretas" e "sem condições prévias" entre Moscou e Kiev (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Foto: Isac Nóbrega/PR O presidente russo ignorou o ultimato, propondo negociações "diretas" e "sem condições prévias" entre Moscou e Kiev

O Kremlin rejeitou, nesta segunda-feira, 12, os "ultimatos" de Kiev e seus aliados europeus para que Moscou aceitasse uma trégua de 30 dias na Ucrânia, e não respondeu à proposta de Volodimir Zelensky para uma reunião com Vladimir Putin nesta semana.

"A linguagem dos ultimatos é inaceitável para a Rússia, não é apropriada. Não se pode falar assim com a Rússia", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, durante sua coletiva de imprensa diária.

Peskov garantiu posteriormente que Moscou deseja manter negociações "sérias" que levem à uma paz duradoura, mas não reagiu à oferta do presidente ucraniano para se reunir com Putin em Istambul na quinta-feira, 15. O presidente russo ignorou o ultimato, propondo negociações "diretas" e "sem condições prévias" entre Moscou e Kiev.

Estas seriam as primeiras conversas entre russos e ucranianos desde março de 2022, quando os dois lados se reuniram em Istambul para encerrar o conflito, sem chegar a um acordo.

No sábado, 10, Kiev e seus aliados pediram um cessar-fogo "abrangente e incondicional" de 30 dias a partir desta segunda-feira, o que eles consideram uma pré-condição para iniciar negociações de paz diretas.

"Deve haver um cessar-fogo", insistiu a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas. "São necessários dois para desejar a paz e apenas um para desejar a guerra. Estamos vendo que a Rússia claramente quer a guerra".

Paralelamente, os ataques noturnos de drones russos contra a Ucrânia continuaram, como acontece quase diariamente desde o início da invasão em fevereiro de 2022.

Autoridades ucranianas disseram nesta segunda que uma pessoa foi morta e outras três ficaram feridas quando um drone atacou um veículo em Sumy, no nordeste do país. (AFP)

 

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