O contraste das áreas que já passaram por revitalizações no Centro em comparação aos espaços que ainda esperam intervenções, é notável. O POVO visitou as lojas no entorno do Museu do Ceará e comprovou.
Tradicional rua do comércio no Centro, a Rua General Bezerril é um dos alvos de reclamação de lojistas. Raimundo Nonato, 63, é proprietário da Rayanne Redes, e reclama do baixo movimento no endereço.
Ele destaca que, desde a pandemia, as vendas remotas, via telefone e WhatsApp compõem a maioria das vendas. Mas confessa que não tem um conhecimento de forma a ampliar a atuação da marca no ambiente virtual.
Desde 1975 no comércio do Centro, ele lembra das transformações pelas quais a região passou. Começou trabalhando no Mercado Central, ainda sem a atual estrutura erguida em 1998, depois na Rua Senador Alencar, até chegar ao atual endereço em 2004.
"Essa rua ficou um pouco esquecida, vemos sujeira e o calçamento quebrado na rua. Precisa de um incentivo (como em outras ruas), pois o comércio vai ficando parado e alguns até saem", afirma.
A poucos metros dali se encontra o Museu do Ceará. A estrutura do Governo do Estado está praticamente abandonada, com muitas pichações na fachada, corroborando com a reclamação de Nonato.
Ao O POVO, a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), informa que o Palacete Senador Alencar, que abriga o Museu do Ceará, passará por reforma e restauro, com aporte de R$ 4,5 milhões, advindo do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Estado do Ceará (FDID).
"O trabalho será voltado à modernização do Museu, incluindo a atualização dos espaços de exposição e novas orientações de acessibilidade", afirma em nota.