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Pressão internacional tanto sobre Israel quanto Hamas
Reportagem

Pressão internacional tanto sobre Israel quanto Hamas

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Tipo Notícia

Enquanto a Faixa de Gaza permanece sob a tensão de haver trégua ou um massacre, cresce a pressão internacional tanto sobre Israel quanto em relação ao grupo islâmico Hamas.

Até os Estados Unidos, principal aliado de Israel, cobraram nesta semana "respostas" das autoridades israelenses após a descoberta de valas comuns nos dois principais hospitais da Faixa de Gaza.

"Queremos que isso seja investigado a fundo e com transparência", declarou aos jornalistas o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

As tropas israelenses atacaram o hospital durante vários dias, alegando que o movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, utiliza o local para fins militares.

Após a recente retirada dos soldados israelenses, as autoridades palestinas afirmam que descobriram valas comuns no hospital Nasser, o mais importante do sul da Faixa de Gaza.

Na última terça-feira, a Defesa Civil de Gaza anunciou que exumou quase 340 corpos no complexo do hospital e afirmou que as vítimas foram assassinadas e enterradas pelos israelenses.

O Exército de Israel nega ter enterrado os palestinos. Várias pessoas disseram à AFP que alguns corpos foram enterrados por parentes ou amigos.

O governo de Israel chamou de "falsas e sem fundamento" as acusações. Mas não respondeu às alegações do governo de Gaza, liderado pelo Hamas, de que o Exército israelense matou as pessoas que foram exumados.

Os militares israelenses reconheceram que desenterraram corpos no complexo hospitalar para tentar encontrar os cadáveres de reféns tomados pelo Hamas em seu ataque sem precedentes de 7 de outubro.

Em relação ao Hamas, líderes de 18 países, incluindo Estados Unidos, França, Reino Unido, Argentina, Brasil, Colômbia e Espanha, pediram ao grupo islamista palestino a "libertação imediata de todos os reféns detidos" em Gaza, em comunicado conjunto publicado esta semana.

Os reféns foram sequestrados por membros do Hamas durante um ataque brutal em 7 de outubro, que desencadeou a guerra mais mortal da história entre o Hamas e Israel, que quer acabar com o grupo palestino.

"O destino dos reféns e da população civil de Gaza, protegido pelo direito internacional, é motivo de preocupação internacional", segundo o documento.

"Insistimos que o acordo sobre a mesa para libertar os reféns implicaria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria um aumento da ajuda humanitária adicional necessária a ser entregue em toda Gaza, e levaria a um fim credível das hostilidades", dizem eles.

"Apoiamos fortemente os esforços de mediação em andamento para trazer o nosso povo para casa", acrescentam.

Israel estima que 129 das cerca de 250 pessoas raptadas durante o ataque do Hamas permanecem em Gaza, incluindo 34 que teriam morrido, segundo o Exército. (AFP)

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