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Dom Gregório Paixão pede doações para vítimas das chuvas no RS
Reportagem

Dom Gregório Paixão pede doações para vítimas das chuvas no RS

O pedido foi feito através de vídeo nas redes sociais pelo arcebispo de Fortaleza, dom Gregório Paixão
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Chuvas no Rio Grande do Sul causam 37 mortes e incontáveis prejuízos (Foto: © Concresul/Divulgação)
Foto: © Concresul/Divulgação Chuvas no Rio Grande do Sul causam 37 mortes e incontáveis prejuízos

O arcebispo de Fortaleza, dom Gregório Paixão, está pedindo doações para vítimas de chuvas torrenciais e enchentes que acontecem no estado do Rio Grande do Sul. Por meio das redes oficiais da Arquidiocese de Fortaleza, o arcebispo pediu orações e solicitou que os cearenses, de acordo com as condições de cada, façam doações para ajudar emergencialmente as vítimas das enchentes.

Dom Gregório manifestou solidariedade aos gaúchos que moram no Ceará, mas também aos cearenses que têm parentes no estado sulista. O arcebispo se pronunciou através de vídeo que foi postado nas redes sociais da Arquidiocese. “Meus irmãos e minhas irmãs, nós somos surpreendidos pela tragédia acontecida no Rio Grande do Sul e não podemos fechar os nossos ouvidos ao clamor dos irmãos que lá passam necessidade", disse o arcebispo. 

"Aliás, temos o número muito grande de irmãos cearenses que moram no Rio Grande do Sul e o número muito grande de gaúchos que habitam aqui no Ceará. Gostaria de pedir ao seu coração que colabore para que todos nós possamos juntos ajudar os irmãos do RS”, concluiu.

Serviço

O canal oficial de doação é o Pix em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Regional Sul 3.

Pix: 33685686001041 (CNPJ).

Saiba como doar para os atingidos pela enxurrada

O governo do Rio Grande do Sul reativou a chave Pix para doações em dinheiro para ajudar as vítimas de enchentes no estado. A conta bancária nomeada como SOS Rio Grande do Sul, aberta no Banrisul, receberá os valores pelo Pix do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) número 92.958.800/0001-38.

A chave é a mesma usada no auxílio às vítimas dos temporais ocorridos no ano passado. As contribuições em dinheiro podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas.

Nesse canal oficial de doações, os recursos serão revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades. A gestão e fiscalização dos recursos doados ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil do estado e auditado por representantes do poder público local e de entidades de assistência social.

Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a Defesa Civil municipal estabeleceu locais para receber doações de pessoas interessadas em ajudar as vítimas da chuva. Entre os itens apontados pela instituição como mais necessários, neste momento, estão colchões e roupa de cama de tamanho solteiro, roupas e calçados infantis, produtos de higiene e limpeza como sabonete, escova e pasta de dente, papel higiênico, shampoo, toalhas de banho, e água e copos descartáveis. Para os animais de estimação, como cães e gatos, podem ser recebidos casinha para os animais, cama, coleira, guia, gradil e ração.

Os locais que recebem doações podem ser acessados no site da prefeitura. As doações serão encaminhadas ao depósito da Defesa Civil Municipal, na rua La Plata, 693, que funciona 24 horas. A distribuição dos donativos será realizada pela instituição.

A prefeitura de São José também realiza uma campanha de doações para as vítimas das chuvas no estado. O ponto de coleta é na sede do Procon, na Avenida Acioni Souza Filho, 2114, na Beira-Mar de São José. Os itens mais solicitados são água potável, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e roupas de cama.

Já a prefeitura de Santa Cruz do Sul tem cadastrado voluntários para atuar no atendimento às vítimas da enchente que também assola o município. As inscrições podem ser feitas no site da prefeitura.

A prefeitura de Taquara pede que os itens doados sejam entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, na Rua Guilherme Lahm, 947, centro, onde uma equipe faz a triagem. Também é possível doar via Pix, pela chave com número de celular 51996654645, em nome de Rotary Club de Taquara, que fará a compra dos materiais necessários para os atingidos pelas chuvas. (Agência Brasil)

Estado vive maior catástrofe meteorológica, diz ministro

Ao comentar os estragos causados por temporais que atingem o Rio Grande do Sul, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse, ontem que o Estado vive sua maior catástrofe meteorológica.

Ele lembrou uma enchente histórica registrada no Rio Grande do Sul em 1941 e cravou: "Nunca vi nada parecido. Conheço bastante o nosso estado. Já enfrentei várias situações delicadas, dramáticas. Mas posso assegurar a vocês que nunca houve uma enchente como essa. Quem é gaúcho sempre ouviu falar na famosa enchente de 1941, histórica. Essa enchente que estamos enfrentando vai ultrapassar e muito o que aconteceu no nosso estado em 1941", afirmou.

"Tivemos uma situação muito grave no Estado em setembro do ano passado, mas, com certeza, esse fenômeno vai ultrapassar, em termos de gravidade - e muito. Continua chovendo. Há uma perspectiva de que essa chuva, em algumas regiões, permaneça até o próximo domingo. Neste momento, estamos com 141 pontos de rodovias interrompidas, entre rodovias estaduais e federais. Isso faz com que algumas cidades já estejam sem combustível. Máquinas da prefeitura que estavam trabalhando na limpeza e desobstrução não têm diesel. Há cidades com desabastecimento de água e alimentos. As ambulâncias não conseguem circular no estado e médicos plantonistas não conseguem chegar nas cidades", destacou o ministro.

Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Pimenta avaliou que o foco do governo federal, neste momento, está voltado para o resgate de vítimas das enchentes e inundações.

"Temos ainda centenas de pessoas ilhadas. Agora pela manhã, tão logo amanheceu o dia, deslocamos praticamente todo o efetivo de helicópteros que nós temos para a região do Vale do Taquari. Vamos trabalhar com algo em torno de oito a nove helicópteros durante todo o dia." O ministro lembrou que as condições climáticas dificultam muito o trabalho de resgate. (Agência Brasil)

A ministra da Gestão e Inovação  em Serviços Públicos, Esther Dweck, confirmou primeiros concursos do novo Governo
A ministra da Gestão e Inovação  em Serviços Públicos, Esther Dweck, confirmou primeiros concursos do novo Governo

Governo adia Concurso Nacional Unificado em todo País

As fortes enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias, com quase 40 mortes e 70 desaparecimentos, levaram o governo federal a adiar a realização do primeiro Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), por tempo indeterminado, em todo o País.

As provas seriam realizadas amanhã em 228 cidades brasileiras, incluindo 8 municípios cearenses (Caucaia, Crateús, Fortaleza, Iguatu, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Quixadá e Sobral) e 10 gaúchos (Bagé, Caxias do Sul, Farroupilha, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santo Ângelo e Uruguaiana). Ao todo, o concurso tem cerca de 2,1 milhões de candidatos inscritos.

O anúncio do adiamento foi feito pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, em declaração feita à imprensa ontem no Palácio do Planalto.

Não há nova data para a aplicação das provas, o que deve ser decidido nas próximas semanas, de acordo com a organização logística, disse a ministra. Na coletiva, a ministra disse que o objetivo é aplicar a mesma prova, ou seja, com o mesmo conteúdo, quando o certame for retomado.

Os papéis já tinham sido encaminhados para 65% das cidades onde o concurso vai ser realizado. O governo prometeu coletar essas provas e mantê-las em locais seguros monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Nosso objetivo é buscar garantir a integridade dos participantes, inclusive a integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento, preservar vidas e garantir segurança jurídica ao concurso", afirmou Esther.

"Essa é a solução mais segura para todos os candidatos no Brasil", enfatizou. A ministra disse que se trata de uma "calamidade de proporções inéditas" e que o governo "estava muito focado em realizar a prova no domingo". Ela acrescentou que a ideia do adiamento foi a de “garantir democratização de acesso ao serviço público e inclusão de brasileiros nesse processo. A gente, até ontem, tinha como objetivo garantir logística para realização na prova. A gente tinha quase 2,5 milhões envolvidas no processo”.

O Ministério da Gestão gastou R$ 160 milhões com a contratação da Fundação Cesgranrio, banca que formulou e vai aplicar as provas. O custo deve aumentar com o adiamento da prova. A ministra, no entanto, disse que é impossível prever qual será o aumento de despesas nesse momento. De qualquer forma, o dinheiro vai sair do Orçamento da União. Ainda será preciso verificar se todos os locais de prova estarão disponíveis em uma nova data, se as pessoas contratadas para dar apoio e fiscalizar o processo poderão trabalhar em outro dia e se realmente a prova aplicada será a mesma.

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse mais cedo que eventual adiamento das provas custaria R$ 50 milhões. Pimenta afirmou que o governo avaliava como dar segurança jurídica a qualquer medida para facilitar a participação de pessoas afetadas pelas chuvas em solo gaúcho no concurso. (Com Agências)

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