O ex-presidente americano Donald Trump afirmou neste domingo (14) que "Deus" evitou sua morte em uma tentativa de assassinato durante um comício de campanha na Pensilvânia no sábado, e pediu aos americanos que permaneçam unidos. "Deus impediu o impensável de acontecer", afirmou o ex-presidente e candidato republicano às eleições presidenciais nas redes sociais, ao mesmo tempo que pediu aos compatriotas que permaneçam unidos para "não permitir que o mal vença".
O ex-presidente foi ferido em uma orelha no sábado, em uma tentativa de assassinato durante um comício político para as eleições presidenciais de novembro. O republicano de 78 anos foi retirado do palanque com o rosto ensanguentado após um atirador abrir fogo durante o comício em Butler, Pensilvânia, norte do país. O autor dos tiros e um espectador do comício morreram e duas pessoas ficaram gravemente feridas. "Neste momento, é mais importante que nunca que permaneçamos unidos e mostremos o nosso verdadeiro caráter como americanos, permanecendo fortes e determinados, para não permitir que o mal vença", escreveu Trump na sua plataforma Truth Social na manhã de ontem.
O Serviço Secreto dos EUA negou ontem que rejeitara proteção adicional a Trump. Seu porta-voz, Anthony Guglielmi, disse na rede X que estas afirmações contra a entidade são "absolutamente falsas" e acrescentou que a agência "adicionou novos recursos, tecnologias e capacidades de proteção" à medida que a campanha presidencial avança.
O empresário Donald Trump Jr., filho do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, criticou o posicionamento do atual presidente americano, Joe Biden, sobre o atentado contra o pai dele em um comício na Pensilvânia neste sábado, 13.
Em publicação no X (antigo Twitter), Trump Jr. disse que a campanha de Biden vinha adotando como principal mensagem a ideia de que Trump pretendia ser um "ditador" e representava uma "ameaça à democracia". "Não me diga que eles não sabiam o que estavam fazendo com essa porcaria", escreveu.
Biden e Trump conversaram por telefone ainda na noite deste sábado, 13, após o atentado na cidade de Butler, na Pensilvânia. O presidente também conversou com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e com o prefeito de Butler, Bob Dandoy.
Nas bolsas de apostas, as chances de Donald Trump derrotar o atual presidente, Joe Biden, nas eleições de novembro dispararam após o ataque contra o provável candidato republicano.
Na plataforma PredictIt, especializada em eventos políticos, a probabilidade de vitória de Trump subiu para 66%, comparado com cerca de 60% antes do atentado. Por outro lado, a possibilidade de um triunfo de Biden estava em 25%. Já na Polymarket, o republicano aparece com 69% de chances, um salto de 9 pontos porcentuais em relação à véspera, enquanto o democrata tem 19%.
No Brasil, ministros do governo Lula repudiaram no X, antigo Twitter, o atentado contra Donald Trump. "Toda violência política macula a democracia e deve ser condenada duramente. Minha solidariedade ao ex-presidente Trump. Que tristeza, mais esse episódio de violência contra um candidato no curso de sua campanha", escreveu a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), manifestou "total repúdio ao atentado." "Como defensor da democracia, digo que a violência jamais será resposta para as transformações que esperamos para o mundo", afirmou o ex-governador do Piauí.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou que o ataque contra Trump foi um "atentado contra a democracia" e defendeu o combate à violência política. Já o ministro dos Esportes, André Fufuca (PP), disse que o atentado é "inaceitável" e que o "radicalismo desenfreado não beneficia ninguém."
Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em que diz que "só os conservadores sofrem atentados", referindo-se ao ataque contra Trump. "Os atentados são contra as pessoas de bem e conservadoras."
O ex-presidente brasileiro traça um paralelo entre o ataque contra Trump e o atentado sofrido por ele próprio em 2018. Bolsonaro foi alvo de uma facada durante uma atividade de campanha em Juiz de Fora (MG), durante o primeiro turno da eleição presidencial. (das agências)